Polícia

PF cumpre 16 mandados de prisão de bolsonaristas em nova fase de operação sobre 8/1

Policiais federais buscam suspeitos de envolvimento nos ataques em sete estados e no Distrito Federal

Alexandre de Moraes vota por tornar réus mais 250 investigados pelo 8/1 Julgamento seguirá até a próxima segunda-feira, de forma virtual
Grupo bolsonarista vandaliza grades para acesso de golpistas ao Palácio do Planalto, em Brasília (Foto: reprodução/Fantástico)

Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira (18) mais uma fase da apuração que busca identificar os bolsonaristas suspeitos de participação, financiamento, omissão ou incentivo aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

A nova etapa da Operação Lesa Pátria ocorre em meio ao julgamento que o STF (Supremo Tribunal Federal) iniciou nesta madrugada para decidir sobre a abertura de ação penal contra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro já denunciados pela PGR (Procuradoria-Geral da República).

Ao todo são cumpridos 16 mandados de prisão preventiva e 22 de busca e apreensão, expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, em Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal.

De acordo com a PF, os fatos investigados constituem, em tese, crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração de patrimônio tombado.

No início desta madrugada, Moraes votou pela abertura de ação penal contra 100 acusados de participar dos ataques golpistas de 8 de janeiro.

Esta é a primeira leva de julgamentos das 1.390 pessoas denunciadas pela PGR por participarem dos ataques. A análise começou a ser feita no plenário virtual da corte, com previsão de término às 23h59 da próxima segunda-feira (24).

Moraes sustentou a existência de justa causa para a abertura de ação penal de todos os acusados, divididos entre executores e autores intelectuais dos atos. Na prática, os denunciados se tornam réus.

Ministros podem seguir o voto de Moraes ou divergir. Também podem pedir destaque, para que o julgamento seja transferido para o plenário presencial, atualmente composto por dez integrantes devido à aposentadoria de Ricardo Lewandowski no dia 11 de abril.