CASO MARIELLE

PF e MP encontra ligação entre Capitão Adriano e acusado de matar Marielle

Um relatório conjunto da PF (Polícia Federal) e do MP-RJ (Ministério Público do Rio de…

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Um relatório conjunto da PF (Polícia Federal) e do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) afirma que o chefe do Escritório do Crime Adriano Magalhães da Nóbrega, já falecido, usava a concessionária Garage Car Store, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, para vender e comprar carros. É o que afirma publicação do site UOL, neste domingo (12).

Segundo o site, a concessionária foi alvo de pesquisas na internet feitas por Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, em março de 2018. O local era frequentado por um homem de confiança dele, preso por desaparecer as armas do policial militar da reserva.

“O estabelecimento Garage Store é suspeito de transacionar com Adriano da Nóbrega, alvo da Operação Intocáveis, e foi pesquisado por Ronnie Lessa junto à ferramenta Google”, lê-se no documento obtido pelo UOL.

A Garage Car Store vende carros de luxo, novos e usados, e com blindagem. Um dos donos afirma que nunca fez transações comerciais com Adriano ou Lessa e que ninguém ligado ao local foi chamado a prestar esclarecimentos às autoridades. De acordo com o mesmo documento, homens ligados a Lessa e Adriano se conheciam e frequentavam as mesmas festas.

Capitão Adriano, o chefe da milícia que agia na zona oeste do Rio, foi morto em uma operação policial na Bahia, em fevereiro. Ronnie Lessa e Adriano Magalhães da Nóbrega se conheceram quando atuavam na PM do Rio de Janeiro. Os dois passaram pelo Bope (Batalhão de Operações Especiais) e atuaram ilegalmente como seguranças para bicheiros cariocas.

Em agosto de 2018, Adriano prestou depoimentos à DH (Delegacia de Homicídios) sobre as mortes de Marielle e Anderson. Ele disse não se recordar onde estava no momento. A respeito de Lessa, afirmou apenas “conhecê-lo da Polícia Militar”.

Lessa foi preso em março do ano passado. O relatório foi assinado por um investigador da PF e por um policial civil cedido ao Gaeco (Grupo Atuação Especial contra o Crime Organizado) do MP-RJ, e finalizado dias depois da prisão do PM da reserva.

Homem de confiança de Lessa, o empresário Márcio Mantovano, preso por participar da operação que jogou ao mar armas do PM da reserva, era frequentador da Garage Store. Mantovano, conhecido como Márcio Gordo, fez uma festa na casa de um lutador de MMA, na qual compareceu o miliciano Leonardo Augusto de Medeiros, o MAD.

MAD foi preso no dia 30 de junho, em uma operação que o apontou como o novo chefe do Escritório do Crime, após a morte de Capitão Adriano. O miliciano tentou invadir um apartamento de Lessa horas depois de o policial militar ser preso pela acusação de matar Marielle e Anderson.

Márcio Gordo e outras pessoas ligadas a Lessa conseguiram retirar armas do PM reformado do local e jogaram no mar. A suspeita da Polícia Civil é que o armamento usado no atentado contra Marielle estava entre o material descartado.

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