IRREGULARIDADES

PF faz busca e apreensão de documentos na Precisa sobre vacina Covaxin

A Polícia Federal (PF) cumpriu, na manhã desta quinta-feira (28/10), mandados de busca e apreensão…

Sede da Precisa Medicamentos em São Paulo
PF faz busca e apreensão de documentos na Precisa sobre vacina Covaxin (Foto: reprodução -GloboNews)

A Polícia Federal (PF) cumpriu, na manhã desta quinta-feira (28/10), mandados de busca e apreensão de documentos na Precisa Medicamentos sobre a vacina Covaxin. Ao total, 11 ordens judiciais foram cumpridas em Brasília, São Paulo e Campinas.

A Precisa Medicamentos foi alvo da CPI da Covid após ter intermediado a compra de 20 milhões de doses da Covaxin com o Ministério da Saúde. O valor do contrato era de R$ 1,6 bilhão e levantou suspeita de pedido de propina e outras denúncias de irregularidades.

A operação foi autorizada pela 12ª Vara Criminal do Distrito Federal. Entre os alvos dos mandados estão o dono da Precisa, Francisco Maximiano; a diretora da empresa, Emanuela Medrades e o advogado Marcos Tolentino, que é suspeito de ser o sócio oculto da Precisa.

Além da Precisa, FIB Bank também é alvo da operação. Esta é a instituição que emitiu a carta fiança que seria utilizada pela Precisa na compra da Covaxin.

A operação tem participação de 50 agentes da Polícia Federal e oito servidores da Controladoria-Geral da União (CGU).

Início das investigações contra a Precisa Medicamentos

Por meio de nota, a CGU explicou que as investigações sobre a Covaxin tiveram início com as denúncias publicadas na imprensa sobre irregularidades.

A CGU ainda informou que, durante as apurações, ficou evidente que a Precisa apresentou falsos documentos aos Ministério da Saúde e à própria CGU.

As investigações ainda constataram irregularidades em uma carta fiança que foi apresentada pela Precisa. Isso porque a empresa que emitiu esse documento sequer tem autorização do Banco Central para fazer esse tipo de atividade.

A CGU encontrou indícios de fraudes em assinaturas e documentos da Precisa.

As cartas de fianças irregulares apresentadas para a Saúde e outros órgãos públicos podem chegar a mais de R$ 500 milhões, de acordo com os cálculos da CGU.