Conclusão

Polícia diz que 13 candidatos passaram em concurso para delegado em Goiás por meio de fraude

Um total de 13 candidatos, segundo a Policia Civil, foram aprovados na primeira fase do…

Um total de 13 candidatos, segundo a Policia Civil, foram aprovados na primeira fase do concurso para delegado substituto em Goiás por meio de fraude. Em decorrência do esquema criminoso, o concurso, realizado em 12 de março passado, foi suspenso pela Justiça.

Nesta quinta-feira (4), a Polícia Civil desencadeou a segunda etapa da Operação Porta Fechada, onde foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão, e 13 mandados de condução coercitiva em Goiânia, Rubiataba, Valparaíso, Luziânia, Aparecida de Goiânia, e em duas cidades do Distrito Federal, Gama e Brazlândia. Nove dos suspeitos conduzidos à delegacia para prestar depoimento hoje, segundo a polícia, passaram na primeira fase do concurso de forma fraudulenta, e quatro teriam atuado como agenciadores.

No dia em que as provas foram realizadas, a Polícia Civil prendeu em flagrante quatro candidatos que confirmaram ter pago entre R$ 120 mil a R$ 365 mil pela aprovação, além de um médico que seria o principal agenciador do esquema. Todos foram liberados dois dias depois durante a Audiência de Custódia, mas estão indiciados por fraude em concurso público, estelionato, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Segundo o delegado André Botezini, titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Fazenda Pública (Dercap), dos 13 presos que pagaram para serem aprovados, dois sequer possuem o diploma do curso de direito. “Um é o contador que foi preso na primeira etapa, o outro é um empresário que ouviremos ainda hoje”, relatou.

O delegado disse ainda que o próximo passo da Polícia Civil será o de identificar, ouvir e indiciar os funcionários da Cebraspe, empresa responsável pelo concurso, que participaram da fraude. Esta semana, a juíza Zilmene Gomide da Silva Manzolli decidiu suspender o concurso, que previsa remuneração inicial de R$ 15.250,02, e que já havia sido paralisado por determinação da Secretaria Estadual de Gestão e Planejamento — Segplan.