Crime

Polícias fazem megaoperação contra o roubo de cargas

Na maior operação já realizada em Goiás contra o roubo de cargas, 37 pessoas foram…

Na maior operação já realizada em Goiás contra o roubo de cargas, 37 pessoas foram presas temporariamente durante um trabalho conjunto desenvolvido nesta quarta-feira (22) pelas polícias Federal, Militar, Rodoviária Federal e o Ministério Publico Estadual. Entre os presos, que são suspeitos de provocar um prejuízo superior a R$ 30 milhões com os roubos, estão donos de postos de gasolina, de distribuidora de bebidas e de supermercados.

Foi após verificar um aumento de 30 por cento no roubo de cargas em Goiás no ano passado em comparação com 2015 que as polícias, junto com o Ministério Público Estadual, passaram a investigar a quadrilha. “Nós percebemos que a maioria dos crimes eram praticados perto de Anápolis, e a partir de então passamos a monitorar estes criminosos. Foi quando descobrimos que na maioria das vezes os assaltantes se passavam por policiais, com coletes e carros com giroflex, e abordavam os motoristas durante falsas blitz. Há casos também de abordagens mais violentas, com o disparo de arma de fogo e ameaça aos motoristas durante a madrugada na rodovia”, relatou o inspetor da Polícia Rodoviária Federal Álvaro Rezende.

A quadrilha, de acordo com as investigações, roubava principalmente cargas de alimentos, medicamentos e combustíveis. Os produtos eram revendidos para comerciantes de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis e do Distrito Federal. “O que chama a atenção é que pessoas aparentemente de bem e com firmas estabelecidas eram quem encomendavam estes roubos. Há também casos de comerciantes que pagavam metade do valor da carga sabendo que eram roubadas, mas o mais importante é que com essa operação nós prendemos não apenas os responsáveis pelos assaltos, como também os receptadores, que são quem fomentam esse tipo de crime”, destacou o superintendente da Polícia Federal em Goiás, Humberto Ramos.

O dinheiro obtido com o roubo de cargas, ainda segundo o superintendente da PRF em Goiás, era investido no tráfico de drogas e armas. Durante a operação, realizada em Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia, trindade, Bela Vista, Leopoldo de Bulhões, Alexânia, Morrinhos, Campos Belos e no Distrito Federal, foram apreendidos uma pistola, munições, um equipamento conhecido como “capetinha”, que é usado para bloquear o sinal dos rastreadores de veículos, e R$ 50 mil em dinheiro.

Além das prisões, foram cumpridos 14 mandados de condução coercitiva e 31 de busca e apreensão. Os nomes dos presos na operação não foram divulgados à imprensa.