Operação Bomba Baixa

Postos de combustíveis em Itumbiara utilizavam controles remotos para fraudar bombas

A Polícia Civil desarticulou em Itumbiara um esquema de fraude em dois postos de combustível…

A Polícia Civil desarticulou em Itumbiara um esquema de fraude em dois postos de combustível pertencentes à rede Petrogold. Segundo a corporação, as bombas dos estabelecimentos contavam com um mecanismo, acionado por controle remoto, que permitia a adulteração dos valores mostrados nos painéis.

A situação já havia sido flagrada no ano passado em um dos postos, que foi revisitado nesta quinta (2). Naquela ocasião, a Polícia Civil havia deflagrado a Operação Bomba Baixa, para combater crimes contra as relações de consumo em postos de diversos municípios do Estado.

Desta vez, os agentes chefiados pelo delegado Vinícius de Castro Penna deflagraram nova operação, visando ao cumprimento de mandados de busca e apreensão domiciliar contra gestores de postos da rede. Conforme a PC, os mandados cumpridos na operação foram baseadas na necessidade da colheita de provas documentais e de identificação de eventuais colaboradores, inclusive funcionários. Os trabalhos, porém, não se restringiram ao estabelecimento original, mas também a outro da mesma rede, onde também foram encontrados os controles.

Controles adaptados eram utilizados para adulterar os painéis das bombas de combustível (Foto: PC)

De acordo com o delegado, os aparelhos tinham marcas de tinta de cores diferentes, que correspondiam às cores marcadas nos bicos das mangueiras das bombas do posto. Após testados, foi comprovado que os controles funcionavam de modo idêntico aos que foram apreendidos no outro posto, em agosto do ano passado. Além disso, os policiais localizaram na casa de um dos alvos da operação uma espingarda .8mm com numeração raspada, 200 munições de diversos calibres e um carregador de pistola 380.

Com o flagrante, a investigada Maria Lucia Alves, de 59 anos, foi conduzida à delegacia local onde foi autuada, Ela responderá pela posse da arma de fogo e munições e por crime contra as relações de consumo. Caso condenada, por ser sentenciada a até 15 anos de prisão.