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Preços de alimentos e bebidas caem pelo quinto mês consecutivo

IPCA-15 de outubro mostra que leite longa vida, feijão, ovo e carnes tiveram redução

Prefeitura de Goiânia faz chamamento público para adesão ao Programa de Aquisição de Alimentos
Prefeitura de Goiânia faz chamamento público para adesão ao Programa de Aquisição de Alimentos (Foto: Prefeitura de Goiânia)

O IPCA-15 de outubro mostrou mais um mês de queda nos preços do grupo Alimentos e Bebidas. Em relação a setembro, a redução foi de -0,31%. Foi o quinto mês consecutivo de queda. A redução foi puxada pela alimentação no domicílio (-0,52%), que desacelerou ante o mês anterior (-1,25%).

Destaque para a queda do leite longa vida (-6,44%), feijão-carioca (-5,31%), ovo de galinha (-5,04%) e das carnes (-0,44%). No lado das altas, o arroz (3,41%) e as frutas (0,71%) subiram de preço.

A pesquisa da Abras, associação dos Supermercados, também apontou redução do preço dos itens em setembro. A cesta Abrasmercado, que mede a variação de 35 produtos, registrou queda de -1,72% na comparação com agosto. No ano, a queda acumulada é de -6,52%.

Os preços, em média, recuaram de R$ 717,55 para R$ 705,21. Em setembro o feijão caiu -7,55% e no acumulado do ano, a queda é de -19,36%. Outras quedas foram puxadas por farinha de trigo (-3,25%), óleo de soja (-1,17%), café torrado e moído (-1,08%). Na categoria, o óleo de soja se destaca com a maior queda acumulada no ano (-29,70%).

A pesquisa da Abras mostra também que todos os produtos registraram recuo na cesta de lácteos: leite longa vida (-4,06%), leite em pó (-1,36%), margarina cremosa (-1,18%), queijos muçarela e prato (-1,18%). Assim como as proteínas: ovos (-4,96%), corte do dianteiro (-3,45%), corte do traseiro (-2,36%), pernil (-0,85%), frango congelado (-0,26%). No ano, as quedas nos preços da carne bovina variam, em média, -13% e do frango -10%.

Na cesta de hortifrutigranjeiros, os destaques são as quedas nos preços da batata (-10,41%) e da cebola (-8,08%). No ano, esses itens recuaram (-27,73%) e (-48,26%), respectivamente.

O economista Fábio Romão, da LCA Consultores, que acompanha de perto o índice, explicou anteriormente que esta queda significa que os preços pararam de subir. Ele exemplifica dizendo que é como se o valor dos alimentos subissem uma montanha de jipe e agora estão descendo a pé.

– Em 2020, a inflação da Alimentação no domicílio foi de 18,16%. Em 2021, 8,23% e, em 2022, 13,21%. O modesto contraponto: para 2023, a projeção é de -1,66%. Ou seja, apenas “parou de piorar”, mas gera alívio para o bolso do consumidor.