Operação Compadrio

Preso em operação, diretor da Agetop pede demissão

// O engenheiro José Marcos Musse pediu demissão do cargo de diretor de Obras Rodoviárias…


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O engenheiro José Marcos Musse pediu demissão do cargo de diretor de Obras Rodoviárias da Agetop, na tarde de quarta-feira (19/08). Ele foi preso em decorrência da Operação Compadrio, deflagrada pelo Ministério Público, e ganhou habeas corpus durante a manhã de ontem. Musse é acusado de integrar um esquema que utilizava empresas fantasmas para desviar dinheiro público.

O pedido de exoneração de Marcos Musse foi aceito pelo presidente da Agetop, Jayme Rincón, que determinou a instalação de uma Comissão de Auditoria dentro da agência para apurar os fatos relacionais à Operação Compadrio.

Veja a nota divulgada pela Agetop na manhã desta quinta-feira:

“Comunicado –

1. O engenheiro José Marcos de Freitas Musse solicitou na tarde de ontem (19/08) ao presidente da Agetop, Jayme Rincón, sua demissão do cargo de Diretor de Obras Rodoviárias da Agência. A demissão foi aceita e encaminhada a Secretaria da Casa Civil para publicação do ato no Diário Oficial do Estado.

2. Foi criada no âmbito da Agetop, conforme Portaria Nº 2206/2015 (anexa), uma Comissão de Auditoria para apurar os fatos inerentes a Operação Compadrio, bem como as demais infrações conexas que emergirem no decorrer dos trabalhos.

3. A Agetop apoia as investigações provenientes de operação deflagrada pelo Ministério Público de Goiás e atende prontamente os pedidos de informações feitos pelos responsáveis da apuração.”

OPERAÇÃO COMPADRIO

A operação buscou apurar crimes de peculato-desvio, fraude em processo licitatório, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, perpetrados por suposta organização criminosa. Marcos Musse é diretor da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop).

A Operação Compadrio foi deflagrada no dia 11 deste mês, depois que a juíza Placidina Pires, da 10ª Vara Criminal de Goiânia, decretou a prisão preventiva do ex-deputado estadual Sebastião Costa Filho, o Tiãozinho Costa, e de seu assessor, Geraldo Magella, e a prisão temporária de outras sete pessoas – entre elas Marcos Musse. A suspeita é de que eles estavam envolvidos em um esquema criminoso de funcionários fantasma, corrupção e fraude em processos licitatórios em órgãos públicos estaduais.

Segundo o MPGO, a suposta organização criminosa teria começado a atuar em 2006, ano em que Tiãozinho Costa assumiu cargo na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás. Ele teria intermediado a contratação de funcionários comissionados fantasmas, com a finalidade exclusiva de realizarem empréstimos consignados e encaminharem para ele os valores.

As investigações iniciais apontaram também que Tiãozinho Costa e Magella, enquanto ocupavam cargos públicos, fraudaram processos licitatórios com o governo do Estado, com a utilização de nomes de terceiros e empresas laranja. Os contratos teriam sido celebrados com Agetop, Agência Goiana de Turismo e Departamento Estadual de Trânsito de Goiás.