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“Prévias permitem que lideranças regionais sejam conhecidas nacionalmente”, afirma Marconi

A realização de prévias pelo PSDB para a escolha do candidato tucano que disputará a…

A realização de prévias pelo PSDB para a escolha do candidato tucano que disputará a presidência da República, em 2018, voltou a ser defendida pelo governador Marconi Perillo hoje, em Brasília, durante entrevista concedida ao CB Poder, canal televisivo do Correio Braziliense.

Ao portal, ele destacou que o processo de primárias para definição de candidatura permite que lideranças regionais disputem de forma mais democrática com autoridades conhecidas nacionalmente.

“Eu defendo intransigentemente que o PSDB tenha prévias. As prévias oxigenam os partidos e permitem que lideranças regionais sejam conhecidas nacionalmente. E permitem também que lideranças regionais possam apresentar bons programas à nação”, pontuou.

Marconi voltou a citar o caso do presidente Barack Obama, que só conseguiu consolidar sua candidatura à presidência dos Estados Unidos, após disputar as prévias do Partido Democratas. “Prévias possibilitam que senadores, governadores e demais lideranças das mais distintas regiões do país possam participar do processo. Só assim o Obama foi eleito. Imagine se ele não tivesse participado de prévias, ninguém tomava dentro do partido, naquela época, da Hillary (Clinton)”, lembrou.

O governador de Goiás não confirmou que disputará as prévias tucanas, caso o PSDB opte pela realização delas. Mas não descartou a possibilidade. “Mais adiante eu vou examinar se entro ou não entro. Se eu decidir ser candidato, não descarto disputar as prévias, até porque tenho história dentro do PSDB: cinco mandatos majoritários consecutivos”, disse.

PSDB fortalecido

Ao CB Poder, avaliou como positivo o resultado das eleições municipais no país para o PSDB e disse acreditar que a legenda tucana terá condições reais de conquistar o comando do Palácio do Planalto no pleito de 2018: “O PSDB elegeu um terço dos prefeitos nas cidades que têm mais de 200 mil habitantes no Brasil. E em Goiás, nossa base elegeu 201 das 246 prefeituras. O partido saiu das eleições fortalecido”.

Questionado sobre as pré-candidaturas à presidência do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do senador Aécio Neves e do governador Geraldo Alckimin (SP), Marconi ponderou que será necessário à legenda buscar o consenso e manter a unidade interna. Na opinião do governador de Goiás, os três líderes não devem se desfiliar do partido caso percam as prévias.

“Os três já disputaram a presidência da República. Os três já foram governadores. São quadros extraordinários. Agora, os três são fundadores do PSDB. Não há a menor necessidade de se buscar um outro caminho que não seja o PSDB, que é um partido que tem capilaridade nacional e saiu muito fortalecido das eleições. Eu vou trabalhar muito para que prevaleça o consenso, o bom senso e a unidade partidária. E vou cobrar muito isso”, antecipou Marconi.

Ele pontuou ainda que será fundamental ao candidato tucano à presidência não fugir de debates “nevrálgicos”, como as reformas da Previdência, Trabalhista, Tributária, a gestão compartilhada com Organizações Sociais (OSs), as Parcerias Público-Privadas. Disse também que é preciso aos representantes políticos levarem a sério a discussão sobre a redução da quantidade de partidos políticos no país.

“Nós temos um problema no Brasil hoje, que é o número exagerado de partidos. Todos com fundo partidário, a maioria com representação na Câmara ou no Senado. Isso acaba reduzindo muito o valor e a importância dos partidos e os torna extremamente vulneráveis. À medida que tivermos uma cláusula de desempenho e uma restrição maior a essa proliferação de partidos, com certeza a decisão interna e orgânica dentro dos partidos vai prevalecer”, considerou.