Dois meses de atraso

Professor passa a trabalhar com limpeza de lotes para pagar contas

O professor de língua portuguesa da rede estadual, Edmar Vargas, está tendo que trabalhar com…

O professor de língua portuguesa da rede estadual, Edmar Vargas, está tendo que trabalhar com força braçal para pagar suas contas, que vêm acumulando. O servidor, que procurou o Mais Goiás para denunciar sua situação, afirma que esta é a forma que encontrou para sustentar a casa. “Já que trabalhamos para sobreviver e não para juntar dinheiro, eu não tinha nenhuma economia. Com a falta do salário de dezembro as contas acumularam”, conta o servidor.

Casado e com dois filhos, Edmar é o responsável pelo sustento da família , visto que a esposa é dona de casa e o filho está desempregado. “Dia 20 de janeiro saiu o pagamento, mas com ele pagamos as contas de dezembro. Como a tendência é o Estado pagar em 10 de março, passei a oferecer serviços de limpeza de lotes em grupos de Whatsapp. Meu filho até se propôs a me ajudar”, relata o servidor do Estado.

Ele diz ainda se sentir desconfortável de pensar que pode ser chamado a realizar trabalho na casa de pais de alunos. “Todo trabalho é digno, mas pensa o pai de um aluno me vendo nessa situação? De ter que fazer trabalho braçal porque não recebo como professor…É algo que deixa a gente chateado”, diz.

Segundo o professor, há colegas na mesma situação. “Tenho uma amiga mesmo que é aposentada mas conseguiu um contrato especial para ser professora substituta, entretanto ela não recebeu nem como professora nem como aposentada”, finaliza.

*Larissa Lopes é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo