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Responsáveis por alterações em BMW que causaram asfixia de jovens podem ser indiciados por homicídio

Peças da BMW haviam sido customizadas para aumentar o ronco do motor

Dono de oficina em Aparecida de Goiânia e responsável por instalação de peça são indiciados por mortes de jovens em BMW homicídios culposos
Divulgação/Polícia Militar de SC

Os responsáveis pela alteração na BMW que causou a asfixia dos quatro jovens em Balneário Camboriú (SC), no dia 1º de janeiro, podem responder por homicídio culposo — quando não há a intenção de matar, segundo o delegado responsável pelo caso, Vicente Soares. Na última sexta-feira (12), a Polícia Civil (PC) divulgou o laudo pericial que confirmou que a causa das mortes dos quatro jovens foi asfixia por monóxido de carbono, causada por modificações no escapamento do veículo.

“Foi substituída a peça responsável pela filtragem dos poluentes por uma chamada downpipe, que tem como objetivo aumentar o ruído do veículo. Essa alteração foi apontada como a causa das mortes”, disse Soares.

O Mais Goiás mostrou no sábado que os mecânicos são de Aparecida de Goiânia.

O carro passou por um processo de customização com o objetivo de gerar mais ruído. Essa modificação está relacionada ao vazamento de monóxido de carbono para o interior da BMW.

Segundo análise, o carro ligado por 16 minutos atingiu 1000 ppm (parte por milhão) do gás monóxido de carbono, quantidade suficiente para gerar inconsciência e morte em até 2h de inalação. Um teste de ar realizado em um carro original de fábrica não apresentou emissão significativa de gás.

“Tanto o proprietário da oficina quanto os responsáveis pela montagem e instalação no veículo podem ser responsabilizados e enquadrados no crime de homicídio culposo”, continuou o delegado.

As vítimas são: Gustavo Pereira Silveira Elias, 24 anos; Karla Aparecida dos Santos, 19; Tiago de Lima Ribeiro, 21 e Nicolas Kovaleski, 16.