Luís Marcos dos Reis

Sargento vai admitir que fez pequenos pagamentos a Michelle Bolsonaro

Advogado de Luís Marcos dos Reis disse que seu cliente vai explicar as movimentações financeiras consideradas atípicas na CPI dos Atos Golpistas

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A defesa do Sargento Luís Marcos dos Reis, ex-assistente pessoal de Jair Bolsonaro, alegou que ele precisa admitir que efetuou pequenos pagamentos à ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro. De acordo com dos Reis, era uma prática comum entre os auxiliares diretos do casal presidencial realizar esse tipo de pagamento no cotidiano.

O advogado Alexandre Vitorino também afirmou que o Sargento planeja esclarecer as movimentações financeiras que foram consideradas suspeitas na CPI dos Atos Golpistas. Segundo a defesa, ele vai explicar que coordenava um tipo de grupo financeiro informal entre seus colegas, o que poderia ser ilegal se não fosse devidamente informado às autoridades.

De acordo com o advogado, ele recebia contribuições financeiras de seus colegas para administrar investimentos, obtinha lucros e redistribuía o dinheiro para o grupo. Um Relatório de Inteligência Financeira apontou uma movimentação financeira atípica de mais de três milhões de reais, com dados coletados de junho de 2021 a agosto de 2023.

PF intima Bolsonaro, Michelle, Wassef e Cid para depoimentos simultâneos no dia 31

No depoimento agendado para esta quinta-feira, ele também deverá confirmar que vendeu um carro ao tenente-coronel Mauro Cid.

O advogado afirma que seu cliente admitirá que estava na Esplanada dos Ministérios no dia dos incidentes, mas que chegou após a invasão dos prédios públicos. A defesa planeja usar conversas com familiares e registros do aplicativo de transporte para comprovar essa versão.

A defesa de Sargento dos Reis recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir seu direito de permanecer em silêncio durante o depoimento. Ele está sob custódia desde maio, acusado de envolvimento em um esquema de fraudes relacionadas às carteiras de vacinação.

A defesa do Sargento dos Reis recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que ele tenha o direito de ficar em silêncio em depoimento. — Foto: Reprodução