Saúde de Anderson Torres teve ‘piora significativa’ na prisão, diz laudo médico
Diagnóstico diz que ex-ministro apresenta perda de peso e crises de choro
Acusado de ser omisso durante os atos golpistas do dia 8 de janeiro, ocasião em que era secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres apresentou ‘piora significativa’ no quadro de saúde na véspera de completar 100 dias na prisão, na próxima segunda-feira (24). É o que diz o laudo médico produzido por um profissional de saúde do governo do DF.
“Houve piora significativa do estado geral do paciente, com perda de peso, mais ou menos dez quilos, aumento da frequência e intensidade das crises de ansiedade seguidas de crises de choro e nervosismo intenso acompanhada de preocupação intensa em relação às suas filhas menores”, diz o laudo.
O médico afirma também que fez “várias intervenções e ajustes de medicamentos com o intuito de reduzir consequências deletérias das crises (como risco de suicídio)”, mas pondera que “houve resposta insatisfatória terapêutica aquém do esperado”. Torres está sob acompanhamento desde o dia 17 de janeiro.
O profissional que assina o laudo diz também que o ex-ministro da Justiça de Bolsonaro amplificou suas queixas na últimas semanas, relatando “sensação de desconforto e angústia física, pressão na cabeça associada a sintomas psíquicos como nervosismo, pensamentos ruins” e “episódios de medo de insegurança relacionada a familiares”.
Torres está preso no 4º Batalhão da Polícia Militar, no Gama, no Distrito Federal. Na semana passada, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes manteve a prisão de Torres.