Aumento de casos

Registro de dengue bate recorde e Goiás aponta 96 mil casos no ano

O registro de dengue em Goiás bateu recorde em 2019. Só neste ano foram confirmados…

Em Goiás, sobe para 12 o número de macacos mortos por causa de febre amarela
Em Goiás, sobe para 12 o número de macacos mortos por causa de febre amarela

O registro de dengue em Goiás bateu recorde em 2019. Só neste ano foram confirmados mais de 96 mil novos casos da doença em todo o Estado. Os números ultrapassam o maior registro da história feito em 2015, com 93 mil casos. Goiânia foi a cidade com mais registros: 32,2 mil. Os dados são da Secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO). No Brasil, o número de registros teve aumento de 500%, em relação ao ano passado.

Até 26 de outubro de 2019, foram notificados em Goiás 141.272 mil casos, dos quais 96.598 foram confirmados. Em comparação com o ano anterior, houve aumento de 48,54%. No mesmo período em 2018, foram 95.108 mil notificações e 62.106 confirmações.

Depois de Goiânia, que lidera o ranking em Goiás, aparecem Aparecida de Goiânia (15,8 mil), Anápolis (12,9 mil), Rio Verde (5,1 mil), Jataí (4,6 mil), Águas Lindas de Goiás (4,5 mil), Luziânia (3,1 mil), Catalão (3,1 mil), Itumbiara (3 mil) e Posse (2,8 mil).

Casos de dengue em Goiás. (Gráfico: Niame/Mais Goiás. Fonte: SES )

Sobre as causas do aumento, o titular da SES, Ismael Alexandrino, citou fatores climáticos, com período de estiagem e chuva. Segundo ele, o Ministério da Saúde ainda não forneceu os inseticidas para os Estados, o que dificulta o combate ao mosquito.

Para o gestor, o mecanismo mais eficiente continua sendo a conscientização da sociedade, já que, segundo ele, 80% dos criadouros do mosquito estão nas residências. Para o combate da doença, o secretário citou a união com municípios. Conforme ele, a Pasta criou o Comitê Gestor Bipartite para coordenar e acompanhar a execução das ações de atenção integral às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti no Estado.

O objetivo, conforme Alexandrino, é estruturar e coordenar a fiscalização sanitária de meio ambiente, para fazer o controle vetorial e monitorar pontos estratégicos e imóveis onde foi identificada a presença de focos e criadouros.

Óbitos pela doença

Conforme os dados, apesar do aumento dos casos, os óbitos pela doença diminuíram. Este ano foram confirmadas 60 mortes por dengue e 73 casos estão sob investigação. No ano passado, foram 84 óbitos.

A maioria das mortes foi registrada em pessoas do sexo masculino com idade acima de 50 anos. O maior registro foi na faixa etária de 71 a 80 anos. As vítimas apresentavam alguma comorbidade, como hipertensão arterial sistêmica, diabetes ou cardiopatia, segundo expõe a SES.

Os dados da Pasta apontam ainda a notificação de 357 casos de Chikungunya, com um deles confirmado. Não há registro de óbito neste ano. Em 2018 foram 538 casos notificados, dos quais 11 confirmados. Com relação à Zika, foram notificados 1.018 casos e confirmados 38 — sem registro de morte. No mesmo período do ano passado, foram 2.042 casos notificados de Doença Aguda pelo Zika Vírus, com 415 deles confirmados.

Aumento nacional

No Brasil, houve aumento 500% em relação a 2018. Até 12 de outubro deste ano, foram notificados 1.489.457 casos prováveis de dengue. A taxa de incidência da doença foi de 708,8 casos por 100 mil habitantes. Os Estados de São Paulo e Minas Gerais concentraram 62,0% desses casos. Foram confirmados 683 óbitos por dengue e 369 permanecem em investigação.