Paralisação

Secretaria de Saúde lamenta e estranha paralisação da Vila São Cottolengo 

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) lamentou, na tarde desta quinta-feira (31),…

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) lamentou, na tarde desta quinta-feira (31), a paralisação dos serviços da Vila São Cottolengo, em Trindade, e disse estranhar a medida tomada somente agora mesmo com os repasses atrasados por nove meses na época em que era responsabilidade da gestão anterior. O órgão criticou também a falta de espaço e prazo para negociações.

Segundo nota emitida pela secretaria, a dívida deixada pelo governo passado seria de mais de R$ 7 milhões, relativa ao período de abril a dezembro de 2018. A pasta afirmou que o valor será pago, mas disse que é “totalmente impraticável arcar, em tão pouco tempo”. O texto diz que os repasses referentes a 2019 serão feitos regularmente e que a gestão atual “empreenderá todos os esforços necessários para a retomada imediata do atendimento”.

Ainda conforme a nota, recursos federais também estariam em atraso. Em setembro e outubro, a instituição teria recebido 40% dos repasses federais, sendo cerca de R$ 800 mil em cada mês. Já o débito referente ao mês de novembro seria de R$ 2.086.398,79, informação dada nesta quinta-feira (31) à SES.

Com relação ao convênio com recursos estaduais, não foram pagos R$ 300 mil reais do mês de abrir e R$ 500 mil de maio a outubro. A secretaria afirmou que dará início a uma auditoria do contrato de convênio com a Vila São Cottolengo, para averiguar o cumprimento das cláusulas e execução os serviços, mas não informou a data a ser realizada.

PARALISAÇÃO

Os servidores da Vila São Cottolengo paralisaram, desde às 6h da manhã desta sexta-feira, as atividades de consulta, fisioterapia, equoterapia, exames, além de cirurgias eletivas de pequeno e médio porte. Funcionários e pacientes do local realizaram uma mobilização em frente ao hospital para protestar e anunciar a suspensão dos serviços. Os manifestante levaram cartazes e reivindicaram o pagamento da dívida, que segundo o diretor da instituição, Marco Aurélio, seria mais R$ 10 milhões. Não há previsão para as atividades serem normalizadas.