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SRTE/GO lança oficialmente a campanha contra acidentes de trabalho

A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Goiás (SRTE/GO) lançou nesta terça-feira (11) a…

A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Goiás (SRTE/GO) lançou nesta terça-feira (11) a campanha ‘Abril Verde’. Com objetivo de conscientizar a população para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho, a campanha tem como tema ‘Conhecer para Prevenir’. O lançamento ocorreu na sede da Superintendência, em Goiânia.

“O empregador deve buscar conhecer a legislação trabalhista, as normas de saúde e segurança e implantá-las no ambiente de trabalho. Além de conhecer os riscos, ele deve fornecer segurança a todos os trabalhadores. A prevenção é muito importante porque estamos falando de vidas, de famílias que perdem seus entes queridos”, ressaltou Roberta Roncato, Auditora-Fiscal do trabalho.

A campanha, que é desenvolvida pelo Ministério do Trabalho em parceria com outros órgãos, também é realizada em outros Estados brasileiros. Segundo Roberta, a campanha consiste na realização de diversas palestras, seminários e ações operacionais e de fiscalização. O edifício da sede da SRTE-GO recebe iluminação verde, bem como outros prédios públicos na capital goiana.

Segundo dados da Previdência Social, o Brasil ocupa a quarta posição no ranking mundial de números de acidentes de trabalho e Goiás aparece em 7º lugar no ranking nacional em número absoluto de óbitos. Considerando a média entre o número de trabalhadores no Estado pelo número de óbitos, Goiás pula para a 5ª posição. “Goiás tem mais de 16 mil acidentes de trabalho por ano”, afirmou Roberta.

“São diversas irregularidades, que vão desde jornada excessiva, falta de fornecimento de equipamento, tanto individual como coletivo. Outro fator é falta de treinamento dos trabalhadores sobre os riscos que eles enfrentarão nos ambientes de trabalho”, alerta Roberta, que representou a Superintendência no lançamento oficial da campanha no Estado.

Em Goiás, 45% das mortes de acidente do trabalho são de pessoas que estão se deslocando de casa para o trabalho ou do trabalho para casa. Em segundo lugar estão os motoristas de carga, que representam 15% dos óbitos, seguidos pelos trabalhadores da construção civil, que somam outros 10% dos acidentes fatais. “No transporte, a informalidade, infelizmente, é uma regra. Boa parte dos trabalhadores não tem vínculo empregatício algum. Não dá para gente calcular um número de mortos com precisão pela falta de registro desses profissionais”, disse Jacqueline Carrijo, que também é Auditora-Fiscal do trabalho.

Além da perda de vidas, os acidentes e doenças resultam em enormes gastos sociais. São tratamentos de saúde, afastamentos, perda de produtividade e indenizações, entre outros. A cifra pode alcançar, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), 4% do PIB, ou seja, mais de RS 200 bilhões por ano.