SUPREMO

STF analisa se declarações de Kajuru a congressistas possuem imunidade

O Supremo Tribunal Federal (STF) analisa nesta terça-feira (3) se as declarações do senador Jorge…

Diferente de Vanderlan, Kajuru não processará Gayer por ofensas.
Diferente de Vanderlan, Kajuru não processará Gayer por ofensas. "Não respondo gente subterrânea" (Foto: Agência Senado)

O Supremo Tribunal Federal (STF) analisa nesta terça-feira (3) se as declarações do senador Jorge Kajuru (Podemos) contra outros congressistas se enquadram em difamação e injúria, ou se estão protegidas pela imunidade parlamentar constitucional.

Ao todo, foram seis queixas contra o senador goiano. Uma delas foi movida pelo também congressista de Goiás, Vanderlan Cardoso (PSD), enquanto as demais pelo presidente PP estadual, ex-deputado federal e ex-ministro Alexandre Baldy.

No início de 2019, Kajuru disse, em transmissão, que Vanderlan era um “pateta bilionário” e “senador turista”. Além disso, afirmou que o colega senador “entrou na política por negócio”. Já em relação a Baldy, o goiano chamou o ex-ministro de “rei da propina” pelo Twitter.

À época, Baldy disse que Kajuru não ficaria impune. “O senhor fala de forma covarde para atacar as pessoas. Eu não deixarei que o senhor fale da minha pessoa e fique impune. Não tem medo, não tem rabo preso de malandros que ficam, por aí, exercendo a palavra sem responsabilidade”, declarou o pepista.

Vale citar, os processos estavam parados desde outubro de 2020, após pedido de vista do ministro Gilmar Mendes. O Mais Goiás entrou em contato com a assessoria do senador Kajuru para comentar os casos. Por nota, ele afirmou:

“Acredito que a Segunda Turma deverá manter a decisão monocrática do Ministro Celso de Mello, extinguindo os processos – por entender que as acusações estão abarcadas pelo manto da imunidade parlamentar. Cabe destacar que este foi também o entendimento do Procuradoria Geral da República, de modo que não há motivos para que o colegiado se manifeste de forma diferente.”

Comparado ao caso do deputado Daniel Silveira – que foi condenado pelo STF, mas recebeu o perdão presidencial de Bolsonaro (PL) -, o goiano afirmou serem situações diferentes. “Apesar de alguns órgãos de imprensa relacionarem a inclusão dos agravos regimentais na pauta do STF a outro julgamento recente proferido por aquela Corte, penso que se trata de mera coincidência. Para mim, a Segunda Corte haverá de determinar o arquivamento definitivo das matérias.”