Meio ambiente

Supremo retoma julgamento sobre Fundo Amazônia

O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou hoje (26) o julgamento de uma ação declaratória de…

Planos de saúde vão ao STF contra lei que libera cobertura fora do rol da ANS
Planos de saúde vão ao STF contra lei que libera cobertura fora do rol da ANS (Foto: Agência Brasil)

O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou hoje (26) o julgamento de uma ação declaratória de omissão para garantir o funcionamento do Fundo Amazônia.

O julgamento teve início no dia 6 de outubro, quando a Corte começou a ouvir as sustentações das partes.

Ao voltar a analisar a questão, nesta quarta-feira, a relatora e presidente do STF, ministra Rosa Weber, terminou a leitura de seu voto e se manifestou a favor da reativação do fundo.

Para a ministra, o governo federal deve retomar a gestão do fundo no prazo de 60 dias no formato de governança original para combater o desmatamento na região.

“Os limites dessa demanda não envolvem análises concretas sobre a avaliação de projetos e seus critérios, sobre melhorias necessárias ou formas para o uso de recursos destinados para o fundo e as relações com os doadores. Isso tudo não nos compete. Restringe-se à politica pública financeira ambiental e sua restruturação no que compete aos atos de competência da União”, afirmou.

Em seguida, o ministro André Mendonça seguiu a relatora em parte e entendeu que não há omissão no caso, mas inconstitucionalidade em alguns artigos. Nunes Marques votou pela rejeição da ação.

Após as manifestações dos três ministros, a sessão foi suspensa e será retomada amanhã (27).

A ação foi protocolada em junho de 2020 por partidos de oposição, entre eles, o PT, PSB, PSOL, além de entidades ligadas à defesa do meio ambiente.

Todos pedem que o Supremo reconheça a suposta omissão do governo federal em implantar medidas para desbloqueio de recursos do fundo.

Criado em 2008, o fundo recebe doações de instituições e governos internacionais para financiar ações de prevenção e combate ao desmatamento na Amazônia Legal. Em 2019, a Alemanha e a Noruega suspenderam os repasses para novos projetos após o governo brasileiro apresentar sugestões de mudanças na aplicação dos recursos e extinguir colegiados de gestão do fundo.