FEMINICÍDIO

TJ decreta prisão preventiva de empresário que matou a ex em Itaguari

O juiz Renato César Dorta Pinheiro decretou prisão preventiva para o empresário Juliano José Rodrigues…

Empresário suspeito de feminicídio e a vítima (Foto: Reprodução - Redes Sociais)

O juiz Renato César Dorta Pinheiro decretou prisão preventiva para o empresário Juliano José Rodrigues Martins, acusado de matar a ex-companheira Sandra N. na madrugada da última quarta-feira (12), em Itaguari, município a cerca de 100 km de Goiânia. Ele foi preso em flagrante logo após cometer o crime.

A defesa do empresário pediu relaxamento da prisão, com pedido de liberdade provisória, já que ele teria se entregado espontaneamente e confessado o crime. A defesa alegou que não houve flagrante. No entanto, o magistrado negou a solicitação e converteu a prisão em flagrante em preventiva.

O juiz aponta na decisão que Juliano relatou ter ficado “por horas refletindo” antes de cometer o crime, o que revela premeditação. Além disso, trancou um policial penal em um barracão e pegou a arma dele com intuito de cometer o feminicídio. Na sequência, foi até a casa da vítima e disparou contra ela na presença de uma criança e outra testemunha.

Portanto, a manutenção da segregação é imperiosa para a garantia da ordem pública, pois a conduta praticada é gravíssima e revela que o flagrado não respeita a vida alheia“, considerou o magistrado.

O crime

De acordo com delegado responsável pelo caso, Kahlil Nogueira, o empresário Juliano Martins teve um relacionamento de 14 anos com Sandra N.. No entanto, eles estavam brigados. Ele teria cometido o crime por desconfiar de que estava sendo traído.

Antes do crime, Juliano bebia com um policial penal identificado apenas como Y.C.S. Por volta das 2h daquela madrugada, o autor ofereceu seu barracão para que o agente descansasse. No imóvel, pediu o carro do policial emprestado para sair e aproveitou que este foi tomar banho para pegar a arma de fogo dele e trancá-lo na casa.

Depois, Juliano foi até a casa da vítima, entrou pelo portão, já que tinha chaves, pulou a janela e, posteriormente, efetuou disparos contra Sandra. No momento do crime, a filha (uma criança de 6 anos) e o irmão dela estavam na residência.

Ele se entregou à polícia e confessou o crime.