Economia

Transportes e alimentos pressionam inflação em Goiânia

Os reajustes nos grupos de transportes e alimentação pressionaram a inflação de Goiânia no mês…

Os reajustes nos grupos de transportes e alimentação pressionaram a inflação de Goiânia no mês de fevereiro, que ficou em 1,23%. Embora a taxa tenha ficado inferior à de janeiro (1,75%), é considerada alta pelos pesquisadores do Instituto Mauro Borges, da Secretaria de Gestão e Planejamento (IMB/Segplan). No ano o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Goiânia já acumula 3% e nos últimos 12 meses chega a 13,79%.

O grupo de transportes foi responsável por 84% do índice da inflação de Goiânia no mês passado. O destaque ficou para o aumento da passagem de ônibus urbano (9,7%), referente apenas aos dias de vigência da nova tarifa no mês passado. A gasolina subiu mais 4,04%, o etanol, 6,67% e o valor da motocicleta foi reajustado em 7,84%.

Embora tenha ocorrido um pequeno recuo nos aumentos dos produtos no grupo da alimentação (0,67%, ante 2,07% de janeiro), vários itens tiveram reajustes altos com destaque para o pão francês (4,17%), óleo de soja (7,98%), ovos grandes/extras (22,63%) e feijão carioca (7,35%). A banana maçã subiu 12,86% e a banana prata 7,78%, enquanto a cenoura foi reajustada em 24,03% e o alho em 7,67%. O açúcar também teve reajuste de 3,32%, o leite tipo C registrou alta de 1,09%.

A alta nos preços dos alimentos influenciou positivamente os preços da alimentação fora do domicílio. Ficaram mais caros o picolé de frutas (3,38%), o suco de laranja (2,7%), o sanduíche misto/bauru (2,74%) e o salgado (1,09%).

O gerente de Pesquisas Sistemáticas e Especiais no IMB / Segplan, Marcelo Eurico de Sousa,  lembra que a inflação ao consumidor acelerou no primeiro trimestre e os reajustes nos preços ocorreram principalmente em itens essenciais. “O momento é de muita cautela nos gastos para não comprometer mais do que podemos gastar, temos que ter muito cuidado com gastos desnecessários e principalmente com as taxas juros”, alerta o economista.

Outros
Em fevereiro, dos nove grupos que compõem o IPC-Goiânia, quatro apresentaram variação positiva e o restante, negativa.

Dos 205 produtos/serviços pesquisados mensalmente pelo IMB/Segplan, 102 apresentaram elevação, 32 ficaram estáveis e 71 registraram queda. Os outros dois grupos que registraram alta em 03.12.2015 Banco de alimentosfevereiro foram o de saúde e cuidados pessoais (1,15%), com destaque para consultas médicas (2,01%), medicamentos como o antiulceroso (2,59%), perfume (6,73%) e sabonete (3,65%).

O início do ano escolar continuou influenciando a alta do grupo educação, 0,32,%, com preços maiores em artigos de papelaria (1,25%) e curso de informática (1,39%).

A queda do índice do grupo habitação (-0,31%) é resultado de preços menores que ocorreram em energia elétrica (-2,05%) e gás de cozinha (-0,41%). No grupo de artigos residenciais (-0,60%) observou-se recuo nos preços de armário para copa e cozinha (-9%), conjunto de estofado (-9,17%), mesa e cadeira para cozinha (-5,67%), cama de solteiro (-6,76%), colchão de solteiro (-1%); jogo de cama de solteiro (-5,94%), fronha (-2,55%), lençol de casal (-1,75%) e lençol de solteiro (-1,49%).

Os itens que mais influenciaram a variação negativa do grupo vestuário (-0,30%) foram calça feminina (-3,09%),camisa masculina (-3,62%); sapato masculino (-3,21%) e bijuteria (-1,23%). A queda dos custos nas despesas pessoais (-0,12%) ocorreu devido aos preços menores nos ingressos para futebol (-28,89%) e locação de DVD (-28,05%). No grupo comunicação (-0,05%) foi registrada queda nos serviços de telefonia fixa residencial (-0,06%).

Em fevereiro, o custo da cesta básica em Goiânia, para um trabalhador, aumentou 0,64% em relação a janeiro, ficando em R$ 338,70, o correspondente a 38,49% do salário mínimo (R$ 880).

Dos 12 itens que compõem a cesta básica, oito tiveram altas e quatro caíram. Os que mais subiram foram o óleo de soja (7,98%), o feijão (6,57%), o pão francês (4,17%), a farinha/massa (3,7%) e o açúcar (3,32%). Registraram queda de preço a carne (-1,24%), legumes/tubérculos (-2,28%), margarina (-0,17%) e frutas (-0,24%).