MORTES

Triângulo amoroso pode explicar chacina na fronteira do Brasil com o Paraguai

Um triângulo amoroso envolvendo um chefe do tráfico, uma modelo e um suposto informante da…

Jovem encontrada na cela de luxo de traficante teria namorado uma das quatro vítimas assassinadas. Triângulo amoroso chacina Brasil Paraguai
Mirna Keldryn durante celebração da união com o agente antidrogas Carlos Gustavo Rodriguez, executado no ano passado (Foto: Reprodução O Globo)

Um triângulo amoroso envolvendo um chefe do tráfico, uma modelo e um suposto informante da polícia teria sido a motivação para a chacina na fronteira do Paraguai com o Brasil que deixou quatro mortos no último fim de semana.

A paraguaia Mirna Keldryn Lesme, 22 anos, era estudante e modelo. A jovem é hoje o centro da investigação da chacina em Pedro Juan Caballero. Mirna tem ligações com duas vítimas do ataque: é ex-namorada do alvo do atentado, Osmar Vicente Alvarez, o Bebeto, e colega de faculdade da namorada dele, Haylee Carolina Acevedo.

O mandante da chacina, segundo a polícia, teria sido o atual namorado da modelo, Faustino Cabanas, chefe do tráfico do Paraguai.

Anteriormente a suspeita era de que o PCC tivesse ordenado a chacina ao descobrir que Osmar Vicente Alvarez seria um informante da polícia. Contudo, agora o principal foco dos investigadores é a possibilidade de um crime passional.

Esta semana, Mirna Keldryn foi flagrada dormindo com o chefe do tráfico em uma cela VIP da prisão de Pedro Juan Caballero. Depois da descoberta das regalias, o presídio sofreu uma intervenção do governo e passou a não aceitar novos detentos.

Faustino Cabanas, que tem ligações com o Comando Vermelho, foi transferido para esta penitenciária de segurança máxima na capital Assunção. Oito suspeitos de envolvimento na chacina foram presos.

O governador Ronald Acevedo, que perdeu a filha na chacina, não acredita que o Paraguai tenha condições de resolver a violência na fronteira com o Brasil. Ronald disse que o país deveria pedir ajuda ao governo brasileiro.

“As balas que atingiram a minha filha são do Exército paraguaio. Não sei se roubadas ou se o próprio estado está entregando para os criminosos”, afirmou o governador.

“Acho que se o Paraguai poderia pedir ajuda ao Brasil, que tem mais condições. O Brasil pode ajudar bastante no combate, porque sabemos que o Paraguai é a rota do tráfico para o Brasil”, acrescentou Ronald Acevedo.

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