ATAQUE

‘Vagabundo morto por vagabundos mais fortes’, diz presidente da Fundação Palmares sobre Moïse

O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo usou as redes sociais nesta sexta-feira (11), para…

'Vagabundo morto por vagabundos mais fortes', diz presidente da Fundação Palmares sobre Moïse
'Vagabundo morto por vagabundos mais fortes', diz presidente da Fundação Palmares sobre Moïse - (Foto: Reprodução/ Fundação Palmares)

O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo usou as redes sociais nesta sexta-feira (11), para atacar o congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, assassinado em um quiosque no Rio de Janeiro, para negar que houve racismo. Em publicação  afirmou que o refugiado “andava e negociava com pessoas que não prestam” e que “foi um vagabundo morto por vagabundos mais fortes”.

“Moise andava e negociava com pessoas que não prestam. Em tese, foi um vagabundo morto por vagabundos mais fortes. A cor da pele nada teve a ver com o brutal assassinato. Foram determinantes o modo de vida indigno e o contexto de selvageria no qual vivia e transitava”, escreveu o presidente da Palmares.

Horas antes, Camargo havia publicado que “não existe a menor possibilidade” de a Fundação Palmares prestar homenagens ao congolês. Segundo ele, Moïse foi vítima de um crime brutal mas “não fez nada relevante no campo da cultura”.

Em suas redes, Camargo ainda comparou o caso com a morte da policial militar, também negra, Tatiana Regina Reis da Silva de 37 anos assassinada durante uma tentativa de assalto em Guarulhos, na grande São Paulo, enquanto estava de folga.

“Nossos valores estão sendo corrompidos. Há algo muito errado quando o assassinato de uma mulher negra que dedicou sua vida à defesa da sociedade é ignorada. Mas a morte de um negro envolvido com selvagens, que nada fez pelo País, gera protestos, matérias e narrativa de racismo”, escreveu.

 

Relembre o caso de Moïse

Moïse Kabamgabe foi espancado por vários homens, depois de cobrar o pagamento pelos dias trabalhados no quiosque Tropicália no dia 24 de janeiro, perto do Posto 8, na Barra da Tijuca. Ele estava no Brasil desde 2011, após fugir de conflitos armados na República Democrática do Congo.

Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu três pessoas suspeitas de participar no crime. Segundo a polícia, eles serão indiciados por homicídio duplamente qualificado, com impossibilidade de defesa e de forma cruel.

Com informações do O Globo