CASO VALÉRIO

Valério Filho fala em precauções para evitar adiamento de júri no caso do pai

O júri do caso Valério Luiz está marcado para começar na segunda-feira (7). Valério Filho,…

O advogado Valério Filho relembrou a dor de perder o pai, o radialista Valério Luiz. Crime ocorreu há 10 anos. Acusados ainda não foram julgados. (Foto: Jucimar de Sousa/Mais Goiás)
O advogado Valério Filho relembrou a dor de perder o pai, o radialista Valério Luiz. Crime ocorreu há 10 anos. Acusados ainda não foram julgados. (Foto: Jucimar de Sousa/Mais Goiás)

O júri do caso Valério Luiz está marcado para começar na segunda-feira (7). Valério Filho, filho do radialista assassinado em 2012, acredita que o julgamento – adiado por quatro vezes – irá acontecer. “Fizemos tudo que podia ser feito e acredito que o Tribunal de Justiça também tenha tomado as medidas cabíveis.”

Advogado assistente da acusação, Valério explica que a Defensoria Pública foi intimada a comparecer para o caso de faltar algum advogado ou em situação de abandono. “Então, por esse motivo não será adiado.” Já sobre a questão de falhas de jurados, como ocorreu da última vez (quando um deixou o isolamento do hotel), ele acredita que o TJ estará atento para que isso não se repita.

Vale lembrar, o julgamento chegou a começar e teve um dia de sessão. O júri, contudo, terá de ser iniciado do zero, inclusive com nova oitiva das testemunhas que já falaram. Tudo isso por causa da quebra de isolamento. “Estou otimista que dessa vez vai acontecer”, declara Valério Filho.

Caso

O julgamento está previsto para acontecer a partir das 8h30 da próxima segunda-feira (7), em Goiânia. Esta é a quinta tentativa do júri, que já foi adiado quatros vezes. A sessão, que só tem horário de início, ocorre no Plenário do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), no Setor Oeste. O jornalista foi assassinato em julho de 2012.

Cinco réus são acusados do homicídio: Urbano de Carvalho Malta, Marcos Vinícius Pereira, Maurício Borges Sampaio, Djalma Gomes da Silva e Ademá Figueiredo Aguiar Silva.

Ao todo, participam do julgamento 24 testemunhas, sendo 5 do Ministério Público; 5 do Maurício; 5 do Ademá; 5 do Djalma e 4 do Urbano. O réu Marcos Vinícius não arrolou testemunhas. Também haverá a presença de 7 jurados.

Segundo o Ministério Público, o crime ocorreu em julho de 2012, em razão de críticas feitas pelo profissional, que teriam desagradado o empresário Maurício Sampaio, à época ligado à direção do Atlético Goianiense. O ex-cartorário nega as acusações.

Ainda na coletiva, Maurício diz que nunca fugiu e que é um “cara” que sofre. “Sentei no banco de réu sabendo da minha inocência. Tenho essa convicção.” Durante sua fala, ele também negou que tenha bens e imóveis supostamente atribuídos a ele, como uma fazenda no Texas, EUA.