PRIMEIROS COLOCADOS

Veja quais são as propostas de Caiado, Mendanha e Vitor Hugo para combater o desemprego em Goiás

Goiás registrou, no 2º trimestre do ano, o menor patamar de desemprego dos últimos 8…

Goiás Pesquisa/Mais Goiás: Caiado tem 40,1%; Mendanha, 22,1%; Major Vitor Hugo, 17,33%
Goiás Pesquisa/Mais Goiás: Caiado tem 40,1%; Mendanha, 22,1%; Major Vitor Hugo, 17,33% (Fotos: Jucimar de Sousa)

Goiás registrou, no 2º trimestre do ano, o menor patamar de desemprego dos últimos 8 anos, com taxa de 6,8%. Apesar de ser o menor índice desde 2014, cerca de 270 mil goianos ainda convivem com a falta de emprego. Além disso, 39,5% da população precisa recorrer à informalidade para sobreviver. O Portal questionou os três candidatos ao governo mais bem colocados no levantamento Goiás Pesquisas/Mais Goiás acerca das propostas para solucionar a problemática.

Ronaldo Caiado (União Brasil), Gustavo Mendanha (Patriota) e Major Vitor Hugo (PL) falaram sobre os prejuízos do desemprego para a economia goiana e também sobre o que pretendem fazer para gerar novos postos de trabalho.

Caiado, que concorre à reeleição, afirma que Goiás possui um dos menores índices de desemprego do Brasil e foi o primeiro Estado a iniciar a retomada econômica pós-pandemia. O governador, no entanto, ressalta que não está satisfeito e não medirá esforços para oferecer mais e melhores empregos. Para os próximos anos, caso seja novamente escolhido pelos goianos, pretende ampliar o programa Mais Crédito; criar incentivos à adesão de municípios ao programa Goiás Empreendedor; ampliar postos do Mais Emprego; ampliar o Bolsa Qualificação, bem como consolidar o Cinturão da Moda e fazer uma conexão com o polo da Região 44.

Mendanha, ex-prefeito de Aparecida, diz que conseguiu reduzir o desemprego na cidade em que foi gestor e pretende fazer o mesmo caso seja eleito governador. Ele afirma que pretende atrair 100 mil novas indústrias para gerar 250 mil postos de trabalho. Para isso, propõe dar incentivos às empresas, reduzir a carga tributária, resolver o problema da energia elétrica existente em Goiás, além de dialogar com as indústrias.

Major Vitor Hugo, por sua vez, pretende aumentar os índices de empregabilidade promovendo a redução de impostos e com mais incentivos fiscais para atrair novas indústrias e empresas para Goiás. Afirma que vai revitalizar e otimizar as áreas do turismo, infraestrutura, indústria e defesa. Também quer desenvolver um plano, em parceria com o setor privado, para aumentar a captação de vagas no Serviço Nacional de Emprego (Sine). 

Confira as propostas na íntegra:

Ronaldo Caiado

Primeiro temos que deixar muito claro que Goiás tem um dos menores índices de desemprego do Brasil. Fomos o primeiro Estado a iniciar a retomada econômica pós-pandemia. Como exemplo, podemos pegar o Cadastro Geral
de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Previdência. No primeiro semestre de 2022, o crescimento de empregos formais foi de +5,83% em solo goiano, comparados aos +3,28% da média nacional. Já ao se considerar os últimos 12 meses, a média do acumulado nacional foi de +6,67%, ao passo que Goiás alcançou +8,51%.

Mas não estamos satisfeitos e envidaremos todos os esforços para oferecer mais e melhores empregos. É o que dá dignidade, condição de crescimento às pessoas. Desde o início do meu mandato implantei ações governamentais com vistas à inserção da população economicamente ativa no mercado de trabalho e no fomento ao empreendedorismo, ajudando pessoas a iniciarem seus próprios negócios, por meio dos programas Crédito Social e Bolsa Qualificação que qualificam e financiam novos empreendedores. As duas iniciativas foram implementadas em 2021 e fazem parte do Goiás Social em parceria que envolve a Retomada, a Seds, o Cotec e o Gabinete de
Políticas Sociais (GPS).

Até o dia 28 de setembro deste ano foram entregues 6.153 cartões com crédito de até R$ 5.000 a alunos que concluíram cursos do Colégio Tecnológico (Cotec) e atenderam aos requisitos de vulnerabilidade social do CadÚnico. O montante investido foi de R$ 12.406.517,97.  Em relação à Bolsa Qualificação, foram contemplados com R$ 250, 5.551 alunos que fizeram cursos do Cotec, também seguindo critérios de vulnerabilidade previstos no CadÚnico. Até o dia 28 de setembro deste ano, o investimento feito no programa foi de R$ 1.518.000,00.

Além disso, o Governo de Goiás atuou para incentivar a instalação de novas empresas no Estado, com o objetivo de garantir a geração de emprego, fato que contribuiu para a redução da taxa de desemprego conforme os dados do IBGE. De janeiro de 2019 até 21 de setembro deste ano foram abertas 106.838 novas empresas em Goiás.

Hoje o patamar é menos da metade desse índice – segundo o IBGE, Goias fechou o trimestre com taxa de 6,8% de desempregados – e deve continuar caindo. A pandemia da Covid-19 ocasionou impactos significativos no mercado de trabalho e na economia do Estado. Para superar os impactos severos da crise sanitária criamos uma secretaria específica em prol da retomada econômica e focada em propor e executar políticas públicas para a manutenção do emprego e da renda dos trabalhadores, com ofertas de qualificação profissional, e de incentivo ao empreendedorismo, ao cooperativismo, ao artesanato e a arranjos produtivos locais. Além disso, foram realizadas diversas ações para desburocratizar e simplificar a máquina pública, visando agilizar o processo de abertura de uma nova empresa.

Para os próximos quatro anos, teremos ainda mais ações para gerar ainda mais empregos: Facilitar o Crédito e incentivar o Empreendedorismo, por meio da ampliação o programa Mais Crédito, visando fortalecer as empresas em Goiás, fomentando o aumento da produtividade e a contratação de trabalhadores e trabalhadoras. Além da promoção de consultorias em gestão administrativa e financeira para empresários e empreendedores de Goiás, facilitando a renegociação de débitos por meio da Câmara de Conciliação e oferecendo linhas de crédito (Fundeq) por meio da GoiásFomento e de Cooperativas de Crédito.

Ampliar os cursos de qualificação para empreendedores e startups; criar incentivos à adesão de municípios ao Programa Goiás Empreendedor, para agilizar abertura de empresas em todo o Estado; oferecer qualificação profissional e inclusão no mercado de trabalho; ampliar postos do programa Mais Empregos em novos municípios de Goiás; ampliar a Bolsa Qualificação para todos os meses dos cursos dos Cotecs (Colégios Tecnológicos), condicionado à frequência e à aprovação do aluno (atualmente essa bolsa é limitada a 3 meses de curso); ampliar os cursos oferecidos pelos Cotecs, Escolas do Futuro e pela Escola do Futuro Basileu França.

Pretendemos ampliar e melhorar os Cotecs, aumentando a quantidade de estruturas móveis de forma a alcançar um maior número de municípios com cursos de capacitação e qualificação, além de inaugurar mais três prédios do
Colégio Tecnológico; promover eventos para divulgação e inscrição de pessoas nos cursos; e incluir aulas de gestão financeira e empresarial nos cursos que dão acesso ao Crédito Social.

Ampliar a CNH Social para motoristas profissionais de veículos pesados, incluindo as categorias “C”, “D” e “E” no programa; aprimorar política de fomento em parceria com Cooperativas de Crédito para ampliar a capilaridade
e agilidade na cessão de crédito a pequenos empresários; consolidar o Cinturão da Moda com o objetivo de fomentar a instalação de confecções no Estado, fazendo uma conexão com o polo da Região da 44 em Goiânia, um dos maiores polos de moda do Brasil, responsável pela sustentação de milhares de empregos diretos e indiretos.

Assumimos a gestão com a folha e o repasse aos municípios em atraso, dívida com fornecedores e muita desesperança. Tínhamos apenas R$ 11 milhões em caixa, e mais de R$ 6,4 bilhões em dívidas imediatas e mais de R$ 24 bilhões em dívidas consolidadas, isso com orçamento, à época, de pouco mais de R$ 27 bilhões. Com trabalho e muita seriedade viramos o jogo. Da 26ª pior situação fiscal entre os Estados, conseguimos avançar e chegar ao 3° lugar, tudo isso em meio à pandemia do coronavírus. Tivemos uma geração de empregos acima do ritmo do país, bem como o crescimento do PIB. Em 2021, por exemplo, Goiás cresceu 4,6% contra 1,2% da média nacional. Nos próximos 4 anos, com o Estado em ordem e organizado, vamos trabalhar ainda mais e ter mais capacidade de investimento.

O foco das ações citadas anteriormente é, justamente, o trabalhador que hoje não está inserido no mercado formal de trabalho por falta de oportunidade e, principalmente, capacitação. Com a ampliação do programa Mais Empregos, que faz a ponte entre o trabalhador e entidades parceiras; do Bolsa Qualificação, que confere renda ao aluno enquanto ele aprende ou se aprimora em um novo ofício por meio dos Cotecs, poderemos ampliar a quantidade de pessoas beneficiadas que terão mais condições de lutar pelo sustento das suas famílias.

O Estado vai trabalhar com a iniciativa privada para buscar novos investimentos. Hoje já existe um ambiente econômico e institucional muito favorável para isso, o empresário tem segurança jurídica, a economia é uma das que mais crescem no País (PIB). Um Estado com uma boa saúde fiscal não só permite a continuidade dos serviços públicos básicos, mas também permite o planejamento e a execução de políticas públicas mais eficazes e eficientes. Um Estado bem organizado financeiramente atrai investimentos privados, possibilita novos negócios e
consegue gerar maior crescimento econômico. Um Estado com equilíbrio fiscal pode promover uma maior redução da desigualdade, com a geração de mais renda e emprego.

Vamos aprimorar ainda mais o ambiente de negócios do Estado, desburocratizando e simplificando a máquina pública, modernizando os serviços e atividades, e facilitando cada vez mais a criação de novos negócios e a geração de novos empregos.

No Eixo Sustentabilidade e Meio Ambiente pretendemos modernizar ainda mais o licenciamento ambiental e o monitoramento do uso consciente dos recursos hídricos. Entre as ações principais estão: consolidar Goiás como Polo Logístico nacional, desenvolver o entorno da Ferrovia Norte-Sul, incentivar a exportação de produtos manufaturados e incentivar a cadeia de produção com previsibilidade do programa de incentivos fiscais do Estado, com vistas a dar segurança jurídica para todos os empresários goianos.

Gustavo Mendanha

Quando uma pessoa está desempregada, ela deixa de comprar no comércio local, de viajar para o turismo, e passa a ter necessidade de ser acolhida pelos programas sociais do governo, com custos elevados para a máquina pública. Vou reduzir o índice de desemprego fazendo como fiz em Aparecida, quando fui prefeito.

Em continuidade ao trabalho de industrialização iniciado por Maguito Vilela, conseguimos saltar de 35 mil CNPJs ativos para mais de 68 mil, entre micro, pequenas e grandes empresas. E, mesmo durante a pandemia, chegamos a marca de mais de 120 mil postos de trabalho. Isso foi feito a partir de muito diálogo com o setor produtivo, com os empresários, incentivos industriais e a vocação da cidade. Por outro lado, quando Aparecida deixou de ser dormitório para ser geradora de emprego, nós tivemos um outro problema que era mão de obra qualificada, então investimos em capacitação para qualificar os trabalhadores.

O alto índice de desemprego é o resultado de um governador que não dialoga, que é insensível e não faz gestão pensando em vidas, mas em votos. Durante a pandemia, mesmo estando em recuperação de uma trombose venosa cerebral, eu senti a dor do outro e ao invés de fechar tudo, fechar os comércios, fui atrás de uma forma para cuidar da saúde e preservar a economia.

Descobri um modelo israelense e implantei em Aparecida, que foi o isolamento social por escalonamento intermitente, uma espécie de rodízio entre empresas, que permitiu que o
comerciante mantivesse as portas abertas. Ainda assim, Aparecida foi um dos municípios
com menor taxa de letalidade, porque concomitantemente investimos também em saúde
Enquanto isso, o governador forçava o fechamento do comércio, esbraveja a famosa frase:
“não preciso do seu voto”, no momento que o povo estava desesperado porque era isso
que ia acontecer: desemprego, fome, miséria.

Então meu compromisso é atrair 100 mil novas indústrias, gerando mais de 250 mil postos
de trabalho. E isso é possível resolvendo o problema de energia, terminando obras, dando incentivos às empresas, reduzindo a carga tributária, descobrindo a vocação de cada município e, claro, muito diálogo.

Em Anápolis, por exemplo, nós temos um dos maiores polos industriais, que tem previsão de gerar mais de 17 mil empregos diretos, e está parado, poderia estar recebendo centenas de empresas e contribuindo com a economia do nosso Estado. Quando digo que parte do alto índice do desemprego é responsabilidade do governador é também pelo abandono dos municípios goianos fora da época da eleição. O entorno de Brasília é reflexo dessa ingerência. Eu vejo lá uma realidade igual à que era Aparecida.

Para resolver o problema do desemprego, vamos apostar na vocação industrial e na solução do problema do transporte público. Veja só: a responsabilidade da população do entorno sobra para o GDF. Apesar de morar em Goiás, parte das pessoas trabalham em Brasília, e muitas vezes, uma pessoa que mora em Novo Gama, Luziânia, Águas Lindas, deixa de ser contratada porque o empregador não
pode custear o vale transporte, que é caro, acima de R$ 8,40 uma passagem só de ida.

Então a nossa solução é resolver problemas que afetam a geração de emprego e renda a partir da exploração vocacional de cada região, tornando o nosso Estado competitivo e dialogando com os empresários e industrialistas.

O problema do desemprego passa por diversas situações e nós temos soluções viáveis com previsão de orçamento em cada uma das áreas. Por exemplo, há quanto tempo Goiás não recebe uma grande indústria pelo problema de energia? Eu já apontei a solução.

Vamos terminar obras inacabadas como o Daiag, em Anápolis, o Parque Tecnológico de Jataí… e vamos abrir a possibilidade de parcerias com o setor produtivo e sociedade civil para juntos construirmos um cenário favorável à qualidade de vida para os goianos.

Goiás tem hoje nos cofres públicos cerca de R$ 8 bilhões parados, valor que poderia ser empregado para gerar riqueza para o Estado. Sendo que esse valor foi conseguido às custas do comprometimento do desenvolvimento do Estado, que é a RRF. Nós temos previsto todo o recurso, apontando também qual será a fonte de receita.

Para diminuir a quantidade de pessoas que trabalham na informalidade, vamos incentivar que elas formalizem seus negócios a partir da abertura dos cnpjs. Iremos abrir unidades da Casa do Empreendedorismo em todas as regiões goianas para oferecer cursos e acompanhamento dos profissionais. Deu certo em Aparecida e iremos levar para todos os locais.

Vamos criar um ambiente de negócio favorável, com capacitação profissional, desburocratização das linhas de crédito e acesso às informações para atrair as grandes indústrias.

Major Vitor Hugo

O desemprego coloca Goiás em desigualdade competitiva com o mercado nacional e
internacional e, com isso, impede o desenvolvimento da vocação natural do Estado,
que é o agronegócio. Não só a economia de Goiás, mas também a dignidade do
trabalhador, que não consegue dar o sustento à sua família. A falta de emprego reduz
o número de pessoas com renda fixa, o que acaba refletindo no consumo e na
produção e, consequentemente, afetando a economia goiana em geral. Acredito que
um dos maiores problemas de Goiás se deve aos governos anteriores que não
souberam explorar os seus grandes potenciais. O nosso plano de governo prevê a
atração de novas indústrias e empresas para Goiás, promoção da interação com o
comércio e na formação e qualificação de mão de obra técnica.

No meu plano de governo, tenho a geração de empregos como uma das minhas
maiores prioridades. Pretendo atrair novas indústrias e empresas para Goiás, quero
trabalhar na promoção da interação com o comércio e na formação e qualificação de
mão de obra, ações que vão aumentar os índices de empregabilidade. Redução de
impostos e incentivos fiscais estão entre os principais propulsores para o
desenvolvimento do setor produtivo e, consequentemente, têm grande impacto na
geração de empregos.

A primeira medida a ser adotada como governador será renegociar o Regime de
Recuperação Fiscal para cumprir nosso compromisso com o respeito ao planejamento
orçamentário do estado e às diretrizes fiscais vigentes. Para transformar a realidade do
desemprego em Goiás, contamos com recursos do governo federal e a iniciativa
privada. Até o final do ano, o presidente Bolsonaro vai conseguir ter atraído mais de
R$1 trilhão da iniciativa privada para desenvolver nossa infraestrutura em portos,
aeroportos, ferrovias, saneamento e telecomunicações e, em um ambiente de
responsabilidade fiscal, de previsibilidade e de segurança jurídica, vamos fomentar
investimentos para atrairindústrias, empresas e empreendedores, gerando, assim,
desenvolvimento, emprego e renda para a sociedade goiana.

Políticas que incentivam o empreendedorismo, como o aumento da oferta do
microcrédito, podem tirar muita gente da informalidade, bem como o incentivo à
qualificação de mão de obra de acordo com a vocação de cada região.

Vou desenvolver, em parceria com o setor privado, as entidades de classe e os serviços
sociais autônomos, um plano para aumentar a captação de vagas no Serviço Nacional
de Emprego (Sine), com o objetivo de diversificar formas de geração de trabalho e
renda, atento às reais necessidades do mercado de trabalho goiano e às suas vocações
econômicas. Também quero revitalizar e otimizar as áreas do turismo, infraestrutura,
indústria e defesa, e em particular, a mineração. Essa medida terá impacto imediato na
geração de empregos, especialmente por causa da atuação conjunta de várias áreas,
tais como as de educação técnico-profissional e de empreendedorismo.