UTIs

48% dos internados com Covid-19 em Aparecida são de outros municípios

De todos os pacientes internados na rede municipal de Aparecida de Goiânia para tratamento de…

UTIs em Aparecida (Foto: Guilherme Cardoso/IBGH)
UTIs em Aparecida (Foto: Guilherme Cardoso/IBGH)

De todos os pacientes internados na rede municipal de Aparecida de Goiânia para tratamento de Covid-19, 48% são de outros municípios. Ao todo, Aparecida dá suporte para 55 municípios da Região Centro e Sul do estado. Dos 116 pacientes internados com Covid-19 no município, 56 vieram de outras cidades.

De acordo com o secretário de Saúde de Aparecida de Goiânia, Alessandro Magalhães, os pacientes chegam aos hospitais públicos de Aparecida para tratamento da Covid-19 por meio de pedidos encaminhados à Central Municipal de Regulação. O secretário ainda diz que o órgão analisa as solicitações e realiza busca por vagas. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, até o presente momento não há ninguém na fila a espera de leitos de UTI.

“A liberação para internação sai conforme prioridade clínica. A maioria das solicitações são das Unidades de Pronto Atendimento de Aparecida que já recebem pacientes de todas as localidades, mas há ainda pedidos de outras unidades de saúde, inclusive de outras cidades”, esclarece. Assim, de acordo com o gestor,se houver condições, Aparecida cede vagas para outras cidades.

Leitos

Atualmente, a taxa de ocupação dos leitos de UTIs da rede municipal de saúde está em 78%. O Mais Goiás noticiou na última semana que a taxa de ocupação de leitos da rede pública no município chegou a marca de 71%, mesmo padrão do fim de fevereiro e que a demanda por novas vagas estava em baixa no município. No entanto a taxa de ocupação de leitos de UTIs da rede municipal volta a oscilar.

Em março deste ano, para enfrentamento da segunda onda da pandemia, a Prefeitura abriu outros novos 46 leitos. No último dia dia 17, por exemplo, 98% dos leitos intensivos da rede públicas exclusivas para tratamento da Covid estavam ocupados.

Com o aumento da oferta, na semana seguinte, a taxa reduziu e se estabilizou na faixa dos 90%. Na semana seguinte, o índice manteve a média de 85%. No dia 02 de abril, 65% dos leitos de UTI estavam ocupados. A taxa voltou a média de 85% dois dias depois e volta a oscilar. Acompanhe a oscilação da taxa de ocupação de leitos de UTI no município:

Demanda

O portal Mais Goiás já noticiou que apesar da alta taxa de ocupação de leitos no município, Aparecida está conseguindo manter baixa demanda por novas internações. Até o presente momento, não há ninguém na fila de espera por vagas de internação em UTIs do município.

Os gestores atribuem a baixa demanda ao acompanhamento de pacientes que foram positivados para o novo coronavírus por telemedicina e atendimento médico presencial. Além disso atribuem a diminuição da ocupação ao investimento em estruturação de novas vagas de UTIs.

Ao todo, Aparecida possui 176 vagas. De acordo com dados da Central de Regulação Municipal, na última semana, Aparecida realizou 30 internações de pessoas que aguardavam leitos na rede estadual, por meio da Central de Regulação do Estado. No último fim de semana, foram 15 vagas de UTI cedidas.

O superintendente responsável pela área na Secretaria de Saúde de Aparecida, Luciano de Moura afirma que antes do atendimento presencial, o paciente é monitorado via telemedicina. “Se não tivéssemos esse tipo de acompanhamento, estes pacientes poderiam piorar em casa e ser tarde demais para salvá-los. Com o atendimento precoce, conseguimos diminuir também o número de pedidos de internação, pois evitamos o agravamento da doença”, esclarece.

O município investiu na estruturação de 130 novas unidades intensivas exclusivas para tratamento da Covid-19 no último ano. Luciano, afirma que essa contribuição faz parte da dinâmica do Sistema Único de Saúde, que tem como um de seus objetivos oferecer assistência adequada para o cidadão. “Todos nós trabalhamos para salvar vidas e por isso é muito gratificante auxiliar na acolhida dos doentes”, pontua.

Letalidade

Outro fator destacado por luciano para a diminuição da demanda por novas vagas de UTI é a maior taxa de letalidade das novas variantes do coronavírus. Dessa forma, os casos se agravam mais rapidamente, as mortes aumentam e os leitos são liberados. De acordo com o último Boletim do Observatório da Covid-19 publicado nesta terça-feira (6) pela Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), o  aumento da taxa de letalidade do vírus passou de 3,3% para 4,2%, contra 2% no final de 2020.