DESDOBRAMENTO

Adolescente que esfaqueou menina em colégio de Goiânia deixa delegacia

Advogado do menor afirmou que ele foi liberado com restrições

Adolescente que esfaqueou menina em colégio de Goiânia deixa delegacia
Mesmo solto, adolescente que esfaqueou colega em escola de Goiânia tem que cumprir medidas restritivas (Foto: Reprodução)

O adolescente que esfaqueou uma colega em uma escola de Goiânia nesta segunda (23) deixa a Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai) neste momento. A informação foi confirmada pela advogada do jovem, Ana Carolina Amorim Santos.

Segundo ela, a decisão saiu e ele foi liberado com restrições. “Ele não pode sair de casa e ficará em acompanhamento psicológico e em afastamento da vítima”, relatou. Ela informa, contudo, que ele seguirá estudando, mas remotamente.

“Agora o Ministério Público vai apresentar denúncia de homicídio tentado ou arquivar o processo.” Ana explica que, geralmente, o órgão leva cerca de 15 a 45 dias. “O MP também pediu um parecer de exame pericial psicológico. Após essa diligência que será feito o restante do procedimento.”

Caso do adolescente que esfaqueou uma menina na escola

Vale destacar, o caso aconteceu no Colégio Polivalente Goiany Prates, no Setor Vila dos Alpes. O jovem é diagnosticado com transtornos mentais (transtorno bipolar).

De acordo com o Queops Barreto, titular da Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai), a dosagem de remédios do adolescente teria mudado e ele se tornou mais agressivo. Inclusive, segundo ele, o autor já havia importunado sexualmente uma amiga da garota ferida, na sexta (20), e foi repreendido pela vítima na data.

Colegas de classe disseram ao delegado que ele era de boa convivência, mas às vezes ficava agressivo.  “Ele é um adolescente com um professor de apoio [por conta da condição]. Foi uma questão inesperada.”

Defesa do jovem

Também ao Mais Goiás, a advogada do jovem que esfaqueou uma adolescente em um colégio de Goiânia nesta segunda-feira, Ana Carolina Amorim Santos, disse que o seu cliente era vítima de bullying por parte de colegas e que este fato pode ter motivado o surto. “Meu cliente tem alguns transtornos mentais, faz acompanhamento psicológico há muito tempo. Ele estava estável, mas vinha sofrendo bullying de um grupo específico do qual a vítima faz parte.”

Ainda segundo Ana, ele fez o corte na colega durante um surto. Segundo testemunhas, a vítima foi atingida por um golpe com faca de serra na região da nuca. O ferimento não foi profundo e a menina passa bem.

O suspeito é estudante da mesma escola da vítima e foi encaminhado para Depai logo após o ocorrido. Já a vítima foi levada para o hospital por uma equipe do Corpo de Bombeiros.

O superintendente de segurança escolar, coronel Mauro Vilela também falou ao portal. Segundo ele, tanto o jovem quanto a vítima (bem como seus familiares) serão acompanhados pelo Conselho Tutelar e pela assistência social da secretaria de Educação de Goiás (Seduc).

Mauro afirmou, também, que o jovem não tinha histórico de violência, mas já teria “assediado” colegas.

Confira a nota da secretaria de Educação na íntegra:

“Na manhã desta segunda-feira (23/08), um estudante da 1ª série do Ensino Médio, do Colégio Estadual Polivalente Goiany Prates, em Goiânia, ingressou na unidade escolar portando uma faca na mochila e desferiu um golpe na nuca de uma colega.

Ao tomar conhecimento do ocorrido, as equipes gestora e pedagógica da unidade escolar acionaram o socorro à vítima, que foi prontamente encaminhada a uma unidade de saúde.

Ao mesmo tempo, o Batalhão Escolar foi acionado de modo a conter o agressor e garantir a segurança no local.

Uma equipe da Superintendência de Segurança Escolar e Colégios Militares da Seduc também foi acionada e está se deslocando ao colégio de modo a esclarecer os fatos e dar suporte aos familiares dos estudantes, com adoção das medidas cabíveis.

O agressor foi encaminhado para a Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai) e o caso está sob investigação.

As aulas presenciais na unidade escolar, que ocorriam em regime híbrido e com apenas 50% da capacidade máxima de ocupação, foram suspensas temporariamente.”

Secretaria de Estado da Educação (Seduc) – Governo de Goiás