Cai na Rua

Adolescentes são flagrados consumindo drogas e álcool em festa na Praça Cívica

A Praça Cívica foi fechada para que, por dois dias, foliões do Bloco Cai na…

A Praça Cívica foi fechada para que, por dois dias, foliões do Bloco Cai na Rua celebrassem o feriado. No entanto, uma operação realizada pelo Conselho Tutelar e pelo Juizado da Infância e Juventude de Goiânia no domingo (11) revelou consumo desregulado de bebidas alcoólicas por menores. As irregularidades podem desencadear o cancelamento do Bloco, que iniciou as apresentações no sábado (10).

Com a chegada das equipes, organizadores evadiram o local sem prestar esclarecimentos. No entanto, o conselheiro tutelar Valdivino Silveira revela ter conseguido o nome de um dos organizadores com o DJ da festa, que mostrou uma foto do contrato firmado para a sua prestação de serviço. “Quando chegamos, todos fugiram, mas conseguimos lavrar o auto de autuação com a foto do documento”, observa.

Segundo ele, o conselho tutelar estará presente nos demais dias da festa para apurar as irregularidades. “Se funcionar hoje, estaremos lá e a abordagem vai ser diferente. Se não apresentarem documentação, vamos conduzir todos que estiverem em cima do palco em flagrante para a delegacia para prestarem esclarecimentos”.

O conselheiro reforça que uma medida “mais enérgica” não foi tomada porque os agentes foram surpreendidos pela quantidade de pessoas em situação de embriaguez. “A proporção do evento era muito grande, a população presente estava muito alterada e ficamos receosos de aumentar o problema. Hoje estamos preparados”, afirma.

Irregularidades

Segundo o conselheiro tutelar Valdivino Silveira, foram registradas várias irregularidades, como venda indiscriminada de bebidas para menores, adolescentes embriagados encontrados sozinhos ou até acompanhados dos próprios pais. Alguns também faziam uso de entorpecentes. “Visualizamos inúmeros adolescentes bebendo e consumindo drogas. Algumas crianças com menos de três anos de idade dormiam no chão sob o palco e dentro de caixas térmicas. No caso da criança que dormia no chão, tivemos que conduzir ela e os pais, embriagados, até em casa”, revela.

(Foto: Divulgação)

De acordo com Valdivino as vendas irregulares eram feitas por ambulantes que se instalaram no local. Para ele, nenhum controle de fiscalização estava sendo praticado. “Fui pela primeira vez ao local no sábado, após receber diversas denúncias de consumo irregular de bebidas por menores. Uma bombeira civil revelou que já tinha atendido mais de 50 adolescentes em situação de coma alcóolico. Fui e constatei a situação. No domingo, fomos com cinco conselheiros e quatro agentes do juizado. Se tivéssemos dois ônibus, conseguiríamos lotá-los com adolescentes bêbados, desacompanhados e sem identificação”, reforça.