Caso de polícia

Advogado é suspeito de enganar presos

Ao investigar quatro suspeitos de roubo de veículos – que estão presos desde janeiro, a…

Ao investigar quatro suspeitos de roubo de veículos – que estão presos desde janeiro, a Polícia Civil descobriu que o grupo estaria sendo enganado por um advogado. Além de prometer preços menores na fiança para que eles pudessem ser soltos, o profissional, segundo a polícia, também negociava a venda de armas ao grupo.

Junto com um outro suspeito que não teve o nome divulgado, Robert Dias da Silva Bezerra, de 23 anos, Raphael Costa dos Santos de 25 anos e Yago Vitor de Souza Gomes de 19 anos foram presos em janeiro acusados por roubo de veículos, receptação e tráfico de drogas. Mesmo recolhidos na Casa de Prisão Provisória (CPP) de Aparecida de Goiânia, os quatro suspeitos continuaram sendo investigados pela Delegacia Estadual de Repressão aos Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA), uma vez que, segundo o delegado José Antônio de Podestá, outros crimes cometidos no ano passado também eram atribuídos a eles.

Durante as investigações, os agentes descobriram que o advogado dos quatro presos teria prometido reduzir de R$ 8 mil para R$ 6 mil para cada um, a fiança para que eles pudessem ser colocados em liberdade. Além disso, o delegado encontrou, no celular do advogado, a negociação de uma pistola calibre 7.65, que ele oferecia a um dos presos por R$ 3.500,00.

“Ele afirmava que tinha alguém no Fórum que podia reduzir o preço da fiança, e inclusive contava que um dos quatro presos que já foi solto conseguiu sair pagando bem menos. Parece que ele realmente pagou mais barato em uma fiança, e é isso que passaremos a investigar a partir de agora”, relatou José Antônio de Podestá, que não divulgou o nome do advogado para não atrapalhar as investigações.

Na manhã desta sexta-feira (06/05), o advogado foi conduzido de forma coercitiva para a DERFRVA a fim de prestar depoimento. Segundo o delegado, ele será indiciado por Tráfico de Influência e Associação Criminosa. Levados para a delegacia a fim de serem ouvidos em outros crimes onde também estão sendo autuados, Robert, Raphael e Yago afirmaram não saber que estavam sendo enganados pelo advogado.