Reforma administrativa

Ainda na SSP, Balestreri fala sobre desafios da pasta e sobre nova ocupação administrativa

Prestes a assumir novo cargo no Governo do Estado, o secretário de Segurança Pública do…

Prestes a assumir novo cargo no Governo do Estado, o secretário de Segurança Pública do Estado de Goiás, Ricardo Balestreri fala sobre os desafios enfrentados por sua gestão e como dará sequência aos trabalhos na Secretaria de Gestão de Assuntos Estratégicos. Ele, que sai de uma posição executiva para atuar focado na prevenção da criminalidade, passa o bastão, na próxima semana, para o ex-governador Irapuã Costa Junior, conhecido por ser mais linha dura no que diz respeito à repressão de crimes.

Para Balestreri, Irapuã continua com os mesmos desafios, como o de fazer o enfrentamento da expansão da cultura de violência no estado, assim como do crime organizado, por exemplo. “Encontrei com o secretário Irapuã e ele foi adequado ao dizer que estamos num movimento de continuidade. Acolheu com boa vontade as sugestões que eu dei e se colocou como alguém disponível a uma visão de continuidade.

Na entrevista, ele deixa claro que deixa a SSP com sentimento de realização, por ter atuado para a diminuição de índices de criminalidade. “Em um curto espaço de tempo, provamos que com uma administração moderna, horizontalizada, que privilegia processos científicos e uma educação técnica e humanística das nossas polícias conseguimos derrubar todos os índices criminais em Goiás. Pesquisa que será divulgada em breve pode comprovar que isso vem ocorrendo nos últimos cinco meses”, revela

De acordo com ele, a derrubada dos índices se deu pela implantação de um método científico de trabalho implantado na secretaria. “Conseguimos muito mais do que eu pensava ser possível, mas a segurança ainda é uma questão que incomoda a população. Nada se transforma do dia para a noite, mas mesmo com todos os desafios, podemos afirmar que Goiás é o estado eu mais derruba índices de criminalidade”.

Em andamento

Nesse contexto, o ainda titular da SSP revela que vinha trabalhando na elaboração de uma política sistêmica de prevenção à criminalidade que se dá em três níveis: primário, relativo á inclusão e justiça social; secundário, que considera grupos vulneráveis como jovens em situação de risco; e terciário, que atende indivíduos que já foram maculados pela violência, como presos e infratores.

Irapuã tem o desafio de dar continuidade à gestão da Segurança Pública (Foto: reprodução/internet)

Com esse planejamento, ele aponta que é possível atuar na origem do problema, além de propor que os desafios da segurança pública sejam enfrentados com ações Intersetoriais, inclusive com auxílio de sua nova pasta.

“Nossa polícia produz resultados inacreditáveis com grupos pequenos de pessoas. Temos que saber, por outro lado que ambiência de paz e segurança não se fazem apenas com polícia. Agentes trabalham com repressão qualificada e em movimentos preventivos. Precisamos então, de ações multissetoriais, que envolvam o conjunto das secretarias em programas preventivos.  Há um mecanismo gerador da violência social que é a desinclusão. Defendo que trabalhemos de forma integrada para solucionar o problema.

Nova função

Conforme explica Balestreri, a mudança de pastas não o afastará por completo da Segurança Pública. Para ele, a Secretaria de Assunto Estratégicos atua em variadas frentes, como saúde, educação e inclusão social, temas que também estão relacionados com a geração ou não da criminalidade. “A secretaria é voltada a tudo o que significa inclusão social de pessoas, criação de uma cultura de paz, que obviamente tem condições de reverter números da criminalidade, além de incluir pessoas nas benesses do que é produzido pelo País”.

No entanto, reflete, a nova pasta também tem atribuições de discutir projetos estratégicos em diversas áreas. Há dois dias participei, à pedido de José Eliton, de reuniões nas áreas de transportes e saúde. Então vou ter um escopo amplo, que será ainda mais reforçado por uma legislação encaminhada à Assembleia Legislativa, para aumentar o leque de atribuições da secretaria. “Poderemos atuar de forma mais executora, criando mecanismos inter-relacionados, multissetoriais de prevenção à criminalidade, para que a gente não precise combate-la apenas na ponta, mas também nas causas”.