EMBRIAGUEZ AO VOLANTE

“Costume, diversão e inconsequência”, diz Vanderic sobre mortes provocadas por motoristas bêbados

Após a conclusão de mais uma Operação Direção Consciente realizada pela Polícia Civil, o delegado…

Manoel Vanderic, delegado titular da Delegacia de Trânsito da Polícia Civil em Anápolis. (Foto: DM Anápolis)
Manoel Vanderic, delegado titular da Delegacia de Trânsito da Polícia Civil em Anápolis. (Foto: DM Anápolis)

Após a conclusão de mais uma Operação Direção Consciente realizada pela Polícia Civil, o delegado Manoel Vanderic destacou a quantidade de mortes registradas no trânsito em Anápolis. “Um costume, diversão, e inconsequência que transforma trabalhadores e bons cidadãos em assassinos”, diz. Segundo o titular da Delegacia Especializada em Investigação de Crimes de Trânsito (DICT), Anápolis já registra 92 mortes no trânsito em 2021, das quais cerca de 1/3 vinculadas à embriaguez ao volante, ou seja 33% do total.

A fala de Vanderic vem de encontro com os números apresentados durante a operação que semanalmente combate a embriaguez ao volante em Anápolis. Nas madrugadas dos dias 29 e 30 de outubro, 30 motoristas bêbados foram flagrados e 09 condutores foram presos em flagrante.

“Atualmente o teste do bafômetro é dispensável, pois se o motorista tem sinais de embriaguez isso é facilmente detectado pelo teste passível e o condutor poderá ser preso”, afirma o delegado.

400 motoristas presos

De acordo com dados da Polícia Civil, o município anapolino ultrapassa a marca de 400 motoristas presos por embriaguez em 2021. 

“Apesar da relativização cultural, este crime é a maior causa de morte de jovens no país e a maior causa de invalidez permanente da população brasileira”, afirma Vanderic.

O delegado contou a história de uma mulher que há 19 anos foi atropelada por um motorista embriagado. Atualmente a vítima tem 46 anos, e convive com as sequelas do acidente.

“Ela foi atropelada por um motorista embriagado, ficou em coma, foi para a cadeira rodas, perdeu o trabalho, perdeu o noivo, enfim, ela ficou ‘acorrentada’ em decorrência da escolha de um motorista, não foi escolha dela. O condutor que provoca um acidente dessa forma, não é um cidadão de bem”, concluiu.