PEDÁGIO

Valor a receber de R$ 610 milhões está entre os motivos para Concebra aumentar tarifa

Um relatório divulgado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) revela que a Triunfo Concebra…

O MPF ajuizou, nesta semana, ação civil pública para que a Triunfo Concebra suspenda o aumento das tarifas de pedágios em Goiás.(Foto: divulgação)
O MPF ajuizou, nesta semana, ação civil pública para que a Triunfo Concebra suspenda o aumento das tarifas de pedágios em Goiás.(Foto: divulgação)

Um relatório divulgado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) revela que a Triunfo Concebra tem cerca de R$ 610 milhões em indenizações a receber. E essa seria a justificava para o aumento de 168% no valor da tarifa de pedágio em vigor desde abril deste ano.

A concessionária que administra rodovias goianas é pressionada pelo Ministério Público Federal (MPF) a apresentar um cronograma de obras que justifique esse aumento. o documento ainda não foi apresentado.

O relatório aponta ainda que a concessionária já foi multada cerca de 96 vezes por diversas irregularidades. Segundo a ANTT, além do valor a receber o aumento da tarifa se justifica por uma série de investimentos programados que consta no novo termo aditivo implementado.

A maior alta no pedágio foi na praça de Goianápolis, 168%. Em Alexânia, chegou a R$137%. Já em Professor Jamil o índice foi de R$131% e em Itumbiara chegou a 125%.

Em nota ao Mais Anápolis, a ANTT esclarece que os valores de tarifa praticados na Triunfo Concebera, previstos no Termo Aditivo, além de considerarem os novos investimentos como passarelas, obras de recuperação de pavimento e estrutura, consideram também os valores indenizáveis que a concessionária tem a receber, que não haviam sido amortizados no contrato original. Isso, em detrimento de investimentos que foram feitos na rodovia e seriam amortizados ao longo dos 30 anos do contrato de concessão anterior

TCU reconhece irregularidades no aumento de pedágio e pede explicações da ANTT e Concebra

O Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou o parecer sobre a reconhecendo irregularidades no aditivo contratual que permitiu reajuste de até 193% no pedágio em rodovias federais goianas. No documento o TCU dá o prazo de cinco dias para que a agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a Concessionária das Rodovias Centrais do Brasil S.A (Concebra) apresentem explicações sobre o aumento.

Na representação, o deputado federal, Elias Vaz (PSB-GO) e o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) pedem a suspensão cautelar do aumento. Mas o prazo dado pelo tribunal é também para que a concessionária e o ANTT encaminhem a documentação, incluindo cronograma de elaboração de projetos e realização de obras.