ERRO E REVOLTA

“Enterraram o Marcos como indigente”, conta familiar de motorista após corpo ser liberado por engano no IML de Anápolis

O corpo do motorista Marcos Antônio de Sousa, de 52 anos, foi liberado por engano…

Familiares estavam aos prantos na Delegacia Geral de Polícia Civil. (Foto: Jonathan Cavalcante/Mais Goiás)

O corpo do motorista Marcos Antônio de Sousa, de 52 anos, foi liberado por engano no Instituto Médico Legal (IML) de Anápolis nesta quinta-feira (16). Em seguida houve o sepultamento no Cemitério Park, no setor Vila Mariana. A família do homem está revoltada com o ocorrido.

Marcos era motorista, e morreu no hospital após sofrer um corte profundo no pescoço ao manusear uma lixadeira em sua residência. Ele estava internado desde terça-feira (14), e faleceu no Hospital Estadual de Urgências de Anápolis na manhã de hoje.

“Meu irmão Marcos era trabalhador e pai de família, e foi enterrado como indigente. A dor já era muito grande, e a atitude do IML destruiu nossa família. É inaceitável isso”, conta Francisco Cardoso, 55 anos, irmão da vítima, em entrevista exclusiva ao Mais Anápolis.

Segundo o familiar, o corpo do motorista foi liberado sem nenhuma documentação para a dona de uma clínica. “Entregaram ele para qualquer um, não explicaram o motivo e não nos deram nenhuma solução”, afirmou.

Francisco conta que desde o período da manhã a família estava realizando os procedimentos para o velório, e ao chegarem no IML ficaram sabendo do erro. “A dona de uma clínica chegou no IML com uma procuração, levou meu irmão e o enterrou como indigente. Isso é um absurdo.”

Em entrevista ao Mais Goiás, o superintendente adjunto da Polícia Técnico-Científica, Ricardo Matos, afirmou que todos os procedimentos necessários serão realizados, e o principal foco é prestar toda assistência à família.

“A instituição estará permanentemente à disposição da família para reparar o que aconteceu. Nossa chefia local foi informada pelo cemitério da necessidade de uma decisão judicial, e nas primeiras horas da manhã (17) vamos fazer o procedimento junto ao Poder Judiciário”, afirma Ricardo Matos.

Segundo ele, a segunda parte será a apuração dos fatos para a responsabilização dos envolvidos.