Abusos

Ginecologista de Anápolis será investigado por estupro de menina de 12 anos

O médico ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais, de 41 anos, suspeito de crimes sexuais contra…

Ginecologista preso em Anápolis já possuía uma condenação por violência sexual mediante fraude (Foto: Reprodução)

O médico ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais, de 41 anos, suspeito de crimes sexuais contra mulheres, também deve responder pelo crime de estupro de vulnerável. A delegada Isabella Joy afirmou nesta quinta-feira (30) que uma das vítimas foi abusada aos 12 anos de idade. O número de denúncias também aumentou.

De acordo com a delegada, o médico cometeu atos libidinosos contra a menor na cidade de Anápolis. “Nesse caso, é estupro de vulnerável porque a vítima ainda era uma criança”, disse. Segundo Isabella, a Polícia Civil deve ouvir, ao menos, 34 mulheres nesta quinta-feira. Em 24 horas, 26 denúncias de crimes sexuais já foram registradas. 60 mulheres já procuraram a polícia até o momento.

Segundo o delegado Vander Coelho, titular da 3ª Delegacia Regional da Polícia Civil, será necessário solicitar reforço de escrivães de outras unidades do estado para auxiliar no atendimento na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em Anápolis. Já ligaram na delegacia vítimas de Abadiânia, Goiânia, Pirenópolis, Brasília e Pará.

Nicodemos deve responder pelos crimes de violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável. A defesa afirma que o médico não realizou qualquer tipo de procedimento médico com cunho sexual. Já o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), informou que vai apurar o caso e a conduta do médico no exercício profissional.

Livros e mensagens eróticas

A Deam chegou até o homem após denúncias feitas por três pacientes. Os relatos apresentados por elas são semelhantes ao descrito por uma vítima da Capital Federal. De acordo com as investigações, o ginecologista chegou a ser condenado em Brasília por violação sexual mediante fraude.

Conforme as apurações da polícia, o médico mandava livros, vídeos e falava frases eróticas para as vítimas. Segundo a delegada Isabella Joy, titular da DEAM Anápolis, Nicodemos agia da mesma forma com as pacientes durante as consultas ou procedimentos de exames.