CRIME

Jovem denuncia unidade do Rápido por injúria racial em Anápolis

Um jovem de 26 anos, que prefere ter a identidade preservada, denuncia ter sido vítima…

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Jovem diz que passar por situação como essa é inadmissível seja em local público ou privado (Foto: Reprodução)

Um jovem de 26 anos, que prefere ter a identidade preservada, denuncia ter sido vítima de injúria racial no Rápido do Anashopping, em Anápolis. Ao Mais Anápolis, o marceneiro autônomo contou que foi até o local na tarde dessa terça-feira (26) para buscar a reservista quando uma funcionária da unidade o teria chamado de ‘neguinho’ ao direcioná-lo para o guichê do serviço. A Polícia Civil abriu inquérito e vai investigar o caso.

De acordo com o marceneiro, após ser chamado pela senha, se sentou no guichê da atendente de 52 anos. “Não, neguinho, seu atendimento é lá, não é aqui, não. No momento eu fiquei bastante assustado. Fiquei sem entender e perguntei do que ela havia me chamado”, diz. Segundo ele, a mulher deu uma risada como resposta.

Após a reação, ele afirma que procurou a supervisão da unidade e a própria atendente o levou até uma responsável pelo local. “Expliquei a situação e perguntei se alguma providência seria tomada. A mulher simplesmente virou para mim e falou que não, porque a forma que a atendente falou era normal. Fiquei abismado e me senti ainda mais ofendido”, relata. O jovem afirma que estava com o uniforme de trabalho. “Eu estava com a roupa suja, não sei porque meu tratamento foi dessa forma”, diz.

Prefeitura repudia discriminação e tomará medidas administrativas, após apuração

O marceneiro conta que em nenhum momento recebeu pedido de desculpas. “Pelo contrário, logo após o fato, saí para procurar atendimento em outro guichê. Nesse meio-tempo, acionei a polícia militar. Mas fizeram foi chamar o vigilante do shopping para ficar me rodeando”, afirma.

Em nota, a Prefeitura de Anápolis informou que está apurando os fatos. Caso seja confirmada a prática de injúria racial, a administração municipal garante que tomará as providências administrativas cabíveis. “A Prefeitura reitera que repudia qualquer ato de racismo ou discriminação de qualquer natureza”, diz a nota.

De acordo com o marceneiro, passar por situação assim é inadmissível seja em local público ou privado. “Fiquei bastante chateado, até emocionado. A gente passa por tantas coisas ao longo da vida, principalmente quando criança. Depois de adulto também. A gente acha que não vai mais acontecer, mas me ignoraram, fingiram que nada aconteceu”, desabafa.