OUSADIA

Menores trancam idoso em casa e roubam móveis em Anápolis

Três adolescentes foram presos pela Polícia Militar (PM) no bairro São Lourenço, no domingo (31)…

Adolescentes tentam carregar geladeira após assalto. (Foto: Print do circuito)

Três adolescentes foram presos pela Polícia Militar (PM) no bairro São Lourenço, no domingo (31) após invadirem uma casa no bairro Maracanã, no último sábado (30). Os menores de 13, 16 e 17 anos  roubaram a casa onde mora um idoso de 72 anos. Após tortura e ameaça de morte, levaram uma geladeira, um botijão gás e uma televisão.  

A PM só foi acionada após um vizinho do idoso perceber que o lugar estava aberto e sem ninguém no local. Ao chegar na residência, os policiais encontraram o senhor trancado e dormindo.  

Imagens de segurança filmaram o momento em que os adolescentes tentaram carregar a geladeira, mas acabaram desistindo por conta do peso (confira):

De acordo com moradores da região, após o assalto os menores tentaram vender os equipamentos no bairro. Ao serem abordados, um dos indivíduos confessou o crime e disse que ele e seus irmãos praticaram tal ato na noite anterior.  

Detidos, os menores foram encaminhados a central de flagrantes enquanto a Polícia Militar conseguiu recuperar o gás de cozinha e a televisão, já que a geladeira teria ficado para trás. 

Violência que não para

A Delegacia Especializada de Atendimento ao Idoso em Anápolis (DEAI) registra, diariamente, cerca de 10 a 15 denúncias de violência contra o idoso. É o que afirma o titular da pasta, Manoel Vanderic. O delegado ainda destaca a peculiaridade em que esses casos devem ser tratados pelas autoridades que o cercam.

“90% desses crimes são praticados por filhos e netos. O idoso ainda tem vergonha de procurar a polícia, muitos declaram com orgulho de que durante décadas de vida nunca precisaram procurar ou sequer entrar em uma delegacia”, ressalta Vanderic.

Para o delegado, o maior desafio é convencer o idoso de que ele precisa de ajuda, “Prender o autor ou formalizar o inquérito policial é simples, na maior parte das vezes não existe testemunhas e a vítima não quer falar, justamente por medo da prisão do seu ente familiar, o que nos traz respaldo para atuação é uma equipe humanizada que tenta mostrar para a vítima que o nosso papel é auxiliá-la do que prender seu próprio filho”, ressalta.