REPÚDIO

MPGO abre procedimento administrativo para acompanhar funcionamento da rede de proteção animal em Anápolis

O Ministério Público de Goiás (MPGO) abriu um procedimento administrativo para acompanhar, em Anápolis, o…

Ministério Público de Goiás mantém por mais 30 dias teletrabalho
Ministério Público de Goiás mantém por mais 30 dias teletrabalho (Foto: Divulgação)

O Ministério Público de Goiás (MPGO) abriu um procedimento administrativo para acompanhar, em Anápolis, o funcionamento da rede de proteção animal. A vereadora Thais Souza (PP), defensora da causa, levou a demanda ao órgão e repudiou a forma adotada pelo município de limitar a castração gratuita apenas a quem possui cartão cidadão.

A parlamentar também denunciou a suspensão da política de castração que estava sendo realizada com o castramóvel. O serviço ficou a cargo de apenas três clínicas credenciadas. Segundo ela, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) também não estaria recebendo insumos da prefeitura para realização dos trabalhos.

Ao Mais Anápolis, a parlamentar afirmou que existem 400 cadastros no CCZ, porém, apenas sete pessoas possuem cartão cidadão. “O diretor de vigilância sanitária diz que 17 mil habitantes possuem o cartão. Mas quem garante que todas essas pessoas têm animais e querem castrá-los?”, questiona Thais Souza.

De acordo a vereadora, a política pública de castração deve ser eficiente. Ela cita o Estado de São Paulo que exige somente comprovante de endereço, documentos pessoas e comprovante de vacinação. “Ser baixa renda não se limita a ter cartão cidadão”, pontua. A limitação, segundo Thaís, foi especificada em edital de castração realizada pelo município.

No entanto, o Termo de  Ajustamento de Conduta  (TAC), assinado em 2016, que reconhece a necessidade de se implantar e estruturar a Rede  Municipal de Bem-Estar animal em Anápolis, não cita esse critério, de acordo com Thaís.

“A castração de uma fêmea em uma clínica particular é praticamente R$ 1 mil. Uma família que ganha três salários mínimos e que não tem o cartão cidadão, não tem condições de pagar. Deve ser um serviço de acessibilidade para quem não condições, mas têm desejo de castrar seus animais”, afirma.

O Mais Anápolis entrou em contato com a prefeitura  e aguarda retorno sobre o assunto desde sexta-feira (5). “Uma cidade de quase 400 mil habitantes e apenas mil pessoas querendo castrar seus animais é pouco para limitar assim”, diz Thais Souza.