CRIMES

“Pessoas que defendem motoristas bêbados fazem a mesma coisa”, diz delegado de Anápolis (GO)

O último fim de semana terminou com mais de 60 motoristas bêbados flagrados ao volante,…

"Pessoas que defendem motoristas bêbados fazem a mesma coisa", diz delegado de Anápolis (GO) (Foto: Divulgação)

O último fim de semana terminou com mais de 60 motoristas bêbados flagrados ao volante, e três mortes decorrentes de acidentes de trânsito em Anápolis. Os números são resultado de ações da Polícia Civil e da Polícia Militar. O delegado titular da Delegacia de Trânsito, Manoel Vanderic, classifica o trânsito da cidade como um “caos” e afirma que “pessoas que defendem motoristas bêbados fazem a mesma coisa.”

Vanderic reforça que a sociedade não pode relativizar as mortes no trânsito, pois em todos os casos, quem perdem seus entes queridos sofrem uma dor irreparável.

“Anápolis está na liderança do trânsito mais violento no estado de Goiás, não pela quantidade de mortes, mas sim de forma proporcional pelo número de habitantes. Precisamos entender que estamos falando de crimes de trânsito, não são acidentes, diz Vanderic.

Na Operação Direção Consciente, realizada nas madrugadas de 18 e 19 de março, 51 motoristas foram flagrados dirigindo sob efeito de bebidas alcoólicas, dos quais 11 foram presos em flagrante.

Acidentes com três mortes no fim de semana

No último sábado (19), André Luiz Martins Diniz, de 30 anos, pilotava uma motocicleta na BR-153 e acabou atropelando Leonardo de Aquino de Andrade, de 26, que atravessava a rodovia. André morreu no local, e Leonardo chegou a ser socorrido, mas faleceu no Hospital de Urgências.

Mais cedo, Welisneide Marques da Costa Silva, de 23 anos, sofreu um mal súbito enquanto pilotava uma motocicleta na região do Jardim Esperança. A mulher morreu no local. De acordo com a Polícia Civil, foram instaurados inquéritos para apuração dos acidentes.

“As mortes no trânsito seriam evitáveis se tivéssemos mais cautela como evitar de mexer no celular ao volante, não dirigir sob efeito de álcool, se não dirigíssemos com pressa, dentre outros fatores. As pessoas dentro de um veículo entendem que estão blindadas do perigo, mas não é bem assim”, conclui o delegado.