Arte

Pinturas e poemas produzidos na cadeia são colocados em exposição, em Anápolis

Autores das obras são beneficiados com a diminuição de pena por tempo de estudo.

Custodiados e artistas durante a produção das obras na Unidade Prisional de Anápolis. (Foto: Izabella Corcino )

A exposição “mãos que falam” com obras produzidas por detentos da Unidade Prisional  foi realizada na manhã de sexta-feira (16) no auditório da Faculdade Fama, em Anápolis. Na oportunidade foram exibidos aproximadamente 50 pinturas e poemas produzidos por 12 custodiados da Unidade Prisional Regional do município.

Os autores das obras são beneficiados com a diminuição de pena por tempo de estudo, conforme determina a Lei de Execução Penal.

Viviane Mendonça Gomides, professora da instituição e da cadeia pública de Anápolis acredita que o processo de ensino amplia a perspectiva de ressocialização no sistema prisional goiano. “Já acompanhei casos de alunos que estiveram comigo lá dentro (presídio) e depois foram meus alunos na faculdade. A gente acredita que seja possível essa mudança, como diz aquela frase: só a educação liberta”, pontuou.

Em média, Goiás é o oitavo estado com mais presos por 100 mil habitantes. Os dados de 2019, são do anuário da Segurança Pública. Aristóteles Camilo, diretor-geral adjunto da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) explicou que muitos encarcerados possuem potencial de desempenhar atividades educacionais e profissionais. “Nosso papel é descobrir esses talentos e direcioná-los para que quando sua reprimenda finalize eles tenham condições de concorrer ao mercado de trabalho, cuidar de suas famílias e seguirem suas vidas”, afirmou.

O Centro de Inserção Social Monsenhor (CIS) Luiz Ilc, pertence à 1ª Coordenação Regional Prisional da DGAP “o estudo e a educação são primordiais para o presídio e para a segurança pública”, afirmou o diretor da unidade, Victor Santiago.

Veja imagens de algumas pinturas:

   

Por @jonathancavalcantejor, do Mais Goiás, em Anápolis | Imagens: Izabella Corcino