APREENSÃO

Produtos vencidos são apreendidos em comércio de suspeita de injúria racial em Anápolis

A Polícia Civil e a Vigilância Sanitária apreenderam, nesta segunda-feira (22), mais produtos vencidos no…

produtos vencidos
Disque-Denúncia da 2ª Delegacia Distrital de Polícia de Anápolis está disponível pelo WhatsApp (62) 98595-7250 (Foto: Divulgação)

A Polícia Civil e a Vigilância Sanitária apreenderam, nesta segunda-feira (22), mais produtos vencidos no comércio da suspeita de injúria racial contra uma cliente no sábado (20), em Anápolis. Um vídeo gravado pela vítima mostra quando ela reclama de um salame vencido. “Olha sua cor. É por isso que você é assim”, responde a comerciante. Ela foi presa, pagou fiança e foi liberada.

De acordo com a 2ª Delegacia Distrital de Polícia, o proprietário foi autuado infrações sanitárias. “Os produtos vencidos foram apreendidos e serão submetidos a exame pericial. Se for confirmado que estão impróprios ao consumo, o dono do estabelecimento poderá ser responsabilizado por crime contra as relações de consumo”, comunicou a polícia civil.

Relembre o caso

Na madrugada de sábado (20), a Polícia Civil prendeu a comerciante suspeita de injúria racial contra a bancária Raphaella Ribeiro, de 27 anos. Ao Mais Anápolis, ela contou que, ao receber o produto, notou que o item estava vencido e pediu para que fosse trocado. “A mulher começou a ser grossa comigo, dizendo que não tinha outro e que não poderia devolver meu dinheiro”, disse. O Mais Anápolis não conseguiu contato com a defesa da comerciante.

Outros casos em Anápolis

Na terça-feira (16), o autônomo Neto Rodrigues, de 23 anos, foi vítima de injúria racial e homofobia, em Anápolis. Proprietário de uma loja virtual, Neto sofreu as ofensas durante um atendimento virtual. “Esse negão aí, cabelo de vassoura de limpar casa. Ele é até bonitão, mas queima”, enviou o cliente. Neto diz que a mensagem seria para outra pessoa, mas quando o cliente percebeu o equívoco, apagou as mensagens e o bloqueou.

Em outubro, um jovem de 26 anos também denunciou ter sido vítima de injúria racial no Rápido do Anashopping, em Anápolis. Ele contou que foi até o local para buscar a reservista quando uma funcionária da unidade o teria chamado de ‘neguinho’ ao direcioná-lo para o guichê do serviço.

Após ser chamado pela senha, se sentou no guichê da atendente de 52 anos. “Não, neguinho, seu atendimento é lá, não é aqui, não” teria ouvido da mulher. Na última sexta-feira (19), a Secretaria Municipal de Governo e Recursos Humanos informou ao Mais Anápolis que a servidora foi afastada do atendimento ao público até que seja concluída a apuração dos fatos.