Educação

Aprendizado continua sendo desafio no retorno às aulas presenciais, em Aparecida

O aprendizado de alunos que retornam às salas de aula em Aparecida continua sendo um…

Aprendizado é desafio em retorno às aulas presenciais, em Aparecida (Foto: Claudivino Antunes/SecomAparecida)
Aprendizado é desafio em retorno às aulas presenciais, em Aparecida (Foto: Claudivino Antunes/SecomAparecida)

O aprendizado de alunos que retornam às salas de aula em Aparecida continua sendo um desafio na pandemia. As atividades online prejudicaram o ensino durante a suspensão das aulas presenciais desde março do último ano, mas o retorno à sala de aula iniciado nesta segunda-feira (9) ainda apresenta dificuldades pedagógicas causadas pelo afastamento das escolas. É o que diz o diretor da Escola Municipal Nova Olinda, Marcos Acácio.

“O grande desafio está na parte pedagógica da aprendizagem, pois os alunos estão há muito tempo fora e conteúdos trabalhados online não conseguem atender 100% dos alunos matriculados por conta da dificuldade do acesso à internet de alguns pais”, afirma Marcos.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, cerca de 16% dos alunos matriculados na rede municipal de ensino não tem nenhum acesso à internet. Os alunos que não acessam a internet pode buscar atividades impressas na unidade escolar. Já aqueles que não conseguem acessar o aplicativo de ensino desenvolvido pela prefeitura, podem optar por receber as atividades pelo whatsapp.

Rotina de retorno às aulas presenciais, em Aparecida

A retomada das atividades presenciais nas escolas municipais de Aparecida vão contemplar 30% dos alunos matriculados e não é obrigatória. Apesar de retornarem às salas de aula, a rotina pedagógica continua diferente, marcada pelo hibridismo entre presencial e online. Além de ter que cumprir regras sanitárias para combate da Covid-19, os alunos frequentarão à escola uma semana por mês.

Para evitar aglomerações e manter o distanciamento dentro das salas de aula, os alunos inscritos para atividades presenciais foram divididos em grupos qe atenderão às atividades dentro das unidades de ensino uma vez por semana. “Essa é uma orientação da prefeitura. As atividades presenciais serão complementadas pelo aplicativo Avap”, afirma Marcos.

Marcos Acácio afirma que usou verba enviada pelo Governo Federal para adquirir tapetes sanitizantes, álcool em gel, borrifadores, máscaras de proteção facial, fitas para sinaliza o distanciamento dentro e fora das salas de aula, além de dispensers.

Protocolos e testagem durante o retorno às aulas

Além de todos os protocolos sanitários, o diretor da escola acredita que a testagem regular de profissionais da educação e do setor administrativo das escolas seria importante. Há um Projeto de Lei na Assembleia Legislativa que quer tornar a testagem da Covid-19 obrigatória em todas as escolas de Goiás.

“Acredito que a testagem feita nas escolas a cada três dias seria importante, pois sempre estamos em contato com os alunos que revezam nas salas de aula”, declarou Marcos. Ao Mais Goiás, a prefeitura alegou por meio de nota que a testagem em massa é feita sistematicamente desde abril de 2020.

De acordo com a Secretaria de Saúde de Aparecida, a prefeiutra já realizou mais de 350 mil testes RT-PCR. Além disso afirmou que qualquer cidadão que tenha tido contato com alguém que testou positivo ou está sentindo sintomas da Covid pode agendar o teste RT-PCR no site da Prefeitura de Aparecida ou pelo aplicativo Saúde Aparecida.

Pais, alunos e professores

Cada instituição de ensino deve criar uma comissão interna composta, no mínimo, por um representante de cada setor (professores, colaboradores administrativos, estudantes e pais ou responsáveis) para monitorar o cumprimento das normas e requisitos estabelecidos para o retorno às aulas presenciais.

A mãe de Renilson Júnior, matriculado na Escola Municipal Nova Olinda, Luciene Soares, optou por inscrevê-lo nas atividades presenciais. “Coloquei o nome dele para voltar, mas ainda estou receosa porque a atividade presencial apenas uma vez por semana não vai resolver muita coisa”, lamenta. Luciene faz parte da parcela de pais que tem dificuldades de acesso à internet.

“O único acesso à internet na minha casa provém do meu celular que eu levo para trabalhar. Meu filho está com o ensino prejudicado, fazendo apenas atividades impressas. Acho que a prefeitura deveria fazer testagens regulares nas escolas para que pudessem ampliar o volume de aulas presenciais com mais alunos em salas de aula”, sugere a mãe de Renilson.