Novela do Hugo

Após anúncio de transferências, médicos do Hugo comunicam paralisação de 24 horas

Médicos do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) prometem paralisar as atividades na próxima quinta-feira…

Após surto de superbactéria, Hugo confirma interdição de UTI por mais 48h
O hospital garantiu que o surto de superbactéria já foi controlado, mas que a manutenção da interdição se dá por "precaução" (Foto: Divulgação - Hugo)

Médicos do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) prometem paralisar as atividades na próxima quinta-feira (28). A ação é organizada pelo Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) e é motivada, de acordo com a entidade, pela ausência de negociações com a administração pública estadual e com o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS). A organização social (OS) irá assumir a gestão da unidade a partir do dia 1º de dezembro.

A paralisação foi decidida após a Secretaria de Estado da Saúde (SES) anunciar a transferência de 276 servidores efetivos do Hugo para outras unidades.  A entidade afirma que o poder público apenas reuniu os servidores para fazer o comunicado e que não houve diálogo nem com os profissionais nem com o sindicato.

Em nota, o Simego afirmou também que encaminhou a pauta de reivindicações para a OS que administra a unidade atualmente, o instituto Haver.

Transferências no Hugo movimentam sindicatos

Além do Simego, o Sindicato dos Trabalhadores(as) do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde/GO) também se mobilizou após o anúncio da SES. A entidade promoveu uma assembleia na porta da unidade na manhã desta segunda-feira (25). O objetivo foi denunciar as consequências da retirada dos trabalhadores da unidade.

Cerca de 70 servidores do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), em Goiânia, protestaram contra a remoção de quase 300 funcionários efetivos da unidade. (Foto: Reprodução)

Cerca de 70 servidores do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), em Goiânia, protestaram contra a remoção de quase 300 funcionários efetivos da unidade. (Foto: Reprodução)

A presidente do Sindsaúde, Flaviana Alves, afirmou que os servidores a serem transferidos não sabem onde vão trabalhar. “Quando eles procuram outros locais para trabalhar são informados de que não há possibilidade de atuação. Ou seja, profissionais com quase 30 anos de trabalho no Hugo serão retirados e não sabem onde vão atuar”, ressaltou.

A entidade planeja realizar atos na SES e no Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) para solicitar a revogação das remoções. O sindicato planeja, ainda, um ato na Praça do Bandeirante na quinta-feira (28) para denunciar a realidade para a população. Por fim, uma assembleia geral da categoria está marcada para a manhã de sexta-feira (28).

O Mais Goiás entrou em contato com a SES, mas até o fechamento da matéria, às 18h40, não houve retorno da pasta. O espaço está aberto para que a secretaria possa se manifestar.