EDUCAÇÃO INFANTIL

Associação de escolas particulares acredita em retorno das crianças de 0 a 5 anos já na segunda

Entre outras coisas, o Centro de Operações de Emergência Municipal (COE) aprovou a retomada de…

Associação de escolas particulares acredita em retorno das crianças de 0 a 5 anos já na segunda
Associação de escolas particulares acredita em retorno das crianças de 0 a 5 anos já na segunda

Entre outras coisas, o Centro de Operações de Emergência Municipal (COE) aprovou a retomada de berçários em Goiânia. Segundo a Associação das Instituições Particulares de Ensino de Goiás (Aipeg), a expectativa de retorno para unidades de ensino destinada a crianças de 0 a 5 anos é para segunda-feira (19). Contudo, a Aipeg ainda aguarda nota técnica e o protocolo do município para a volta.

Eula Wamir Macedo, presidente da associação, lembra que esta volta é limitada a capacidade de 30%. “Se a sala tem 15, vai dividir em três salas ou ter um agrupamento único de cinco. Mas como não vão voltar os estudantes acima seis anos vai sobrar mais espaço.”

De acordo com Eula, o ensino fundamental, médio e superior depende de nova análise, que deve ser feita em duas semanas. Caso haja a autorização para a volta destes, a capacidade será ainda menor: 25%.

Questionada sobre o porquê da educação infantil primeiro, ela explica. “Já esperávamos este retorno desde agosto. Como não veio, procuramos a Câmara e o COE da prefeitura – o qual temos participação efetiva. Todas as famílias já voltaram aos postos de trabalho e muitas dependiam desse retorno”, revelou. “Com a suspensão, também houve o crescimento de casas clandestinas”, emendou.

Protocolos

Eula ressaltou também que as escolas infantis já possuem resolução do Conselho Municipal rígida em relação a questões sanitárias. “Fora da pandemia, já temos o espaçamento de 1,5m por criança, 2m do professor. As salas não podem aglomerar e há rigor na higienização.”

Também de acordo com ela, ainda em agosto, as unidades passaram por higienizações feitas por empresas que trabalham com UTIs. “Só estamos aguardando a questão do uso da máscara. A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que não é necessário até dois anos”, lembra.

Ela destaca ainda que todos os profissionais passaram pela medicina do trabalho, em agosto. Além disso, aqueles que fazem parte do grupo de risco continuarão afastados. “Fora isso, ainda faremos aferição de temperatura, uso do álcool em gel e mais.”

Prejuízos

Os prejuízos, segundo a presidente, não podem ser contabilizados facilmente. Ela revela que 70 escolas conseguiram dar baixa oficialmente no CNPJ e fecharam. “Mas não sabemos quantas voltam”, diz ela ao revelar que na Aipeg existem 180 instituições cadastradas.

Ela lembra que, nos primeiros meses de pandemia, as escolas dos pequenos já perderam seus alunos e, com isso, a receita. Os gastos, porém, permaneceram. Na avaliação dela, isso vai impactar nos custos, no próximo ano. “A mensalidade deve quase dobrar”, apontou.

CMEIs

Já em relação aos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), o COE não concordou com o retorno, diz o vereador Welington Peixoto (DEM), que faz parte do gabinete de crise e líder do prefeito Iris (MDB) na Câmara. “Deve retornar somente ano que vem. Os Cmeis não estão preparados.”

Welington Peixoto declarou, ainda, que, na próxima semana, outras questões entrarão em pauta. “Os clubes querem o retorno das piscinas; as demais escolas também são discutidas, mas no conselho estadual.”

Cenário

À época da aprovação da retomada, o superintendente em Vigilância em Saúde, Yves Mauro Ternes, explicou que as novas flexibilizações foram autorizadas porque o cenário epidemiológico é favorável. Ele disse que foram registradas quedas no número de óbitos e internações por Covid-19 em Goiânia nas últimas semanas.

De acordo com ele, naquele momento, a capital possuía baixa ocupação de leitos de UTI e enfermaria específicos para a doença. “Os indicadores favoráveis e uma redução da bolha de transmissão da doença permitem a flexibilização das atividades”, disse.

E ainda: “Caso ocorra uma mudança no cenário, com aumento de óbitos ou internações, a flexibilização será revista e poderemos retroceder em algumas atividades econômicas”, salientou.

Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO), por meio do painel da Covid-19, desta quinta-feira, indicam que Goiânia possui 5.9719 casos confirmados e 1.567 óbitos pelo novo coronavírus.