INVESTIGAÇÃO

Prefeito de Edealina mantinha esquema criminoso da gestão anterior, diz polícia

Um esquema criminoso que segundo a Polícia Civil começou na gestão passada, e provocou um…

Polícia Civil durante a operação em Edealina (Foto: Divulgação)
Polícia Civil durante a operação em Edealina (Foto: Divulgação)

Um esquema criminoso que segundo a Polícia Civil começou na gestão passada, e provocou um prejuízo milionário para a prefeitura de Edealina, continuava sendo executado pelo atual prefeito, Winícius Arantes Miranda, do PSB. Nesta quarta-feira (2), Winícius Arantes, dois secretários, dois empresários, um advogado, e outras três pessoas, foram presas temporariamente pela Polícia Civil.

As investigações que apuram licitação dirigida para beneficiar apenas uma empresa que executava obras em Edealina começou no início deste ano, depois que a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (DERCAP) recebeu uma denúncia anônima. Em março passado, quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos, ocasião em que o ex-prefeito acabou indiciado.

Policiais que participaram da operação Burgomestre (Foto: Polícia Civil)

“Nós já conseguimos confirmar que pelo menos R$ 1 milhão foram transferidos por um dos empresários diretamente para conta do ex-prefeito, e, ao investigarmos os documentos apreendidos em março, descobrimos que o atual gestor, secretários, e outros funcionários, mantinham o mesmo esquema criminoso na cidade”, destacou o delegado Cleybio Januário, da DERCAP.

O prejuízo para o município, segundo o delegado, ainda não foi totalizado, mas passa fácil de R$ 2 milhões, já que existem indícios de que todas as obras tenham sido superfaturadas. “Os próprios empregados da prefeitura que estavam envolvidos no esquema eram quem vistoriavam estas obras, e os valores pagos por elas são extremamente altos para uma cidade tão pequena”, concluiu Cleybio.

Além dos nove mandados de prisão temporária, dos 20 mandados de busca e apreensão, e dos oito mandados de afastamento de servidores municipais da Prefeitura de Edealina, a justiça também determinou o bloqueio de R$ 4,2 milhões das contas dos investigados. Ao final do inquérito, eles podem ser indiciados por corrupção, lavagem de dinheiro, e associação criminosa.

A reportagem do Mais Goiás não conseguiu contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Edealina, nem com a defesa do prefeito Winícius Arantes Miranda, mas o espaço está aberto, caso queiram se pronunciar.

Polícia Civil cumpre mandados da operação Burgomestre, em Edealina (Foto: Polícia Civil)

Polícia Civil cumpre mandados da operação Burgomestre, em Edealina (Foto: Polícia Civil)