Autor de fraude em seguro-desemprego foi descoberto a partir de computador em Goiânia

Um dos alvos da Operação RedeX, deflagrada pela Polícia Federal em Goiás nesta quarta-feira (4), foi descoberto a partir do endereço do Protocolo de Internet (IP, na sigla em inglês) do computador utilizado nas fraudes do seguro-desemprego por um servidor público.

“Verificamos que o IP, que é a máquina onde foi inserido o requerimento fraudulento, pelo servidor público, partia de Goiânia, e de outras cidades de Goiás”, explicou o delegado da Polícia Federal, Mário Sérgio Ribeiro.

A partir de então, os policiais federais conseguiram chegar a outro servidor envolvido na fraude, localizado em Jataí. Segundo o delegado da Polícia Federal trata-se de um servidor temporário ligado ao Sistema Nacional de Emprego (Sine), que acabou preso na manhã desta quarta-feira (4/10).

Durante a investigação, foram confirmados 12 mil requerimentos de seguro-desemprego fraudados, acarretando um prejuízo de R$ 11.900.111,12 aos cofres públicos. Estima-se que o prejuízo evitado com a neutralização da atividade criminosa seja de mais R$ 7,2 milhões.

Além de Goiás, os policiais cumpriram 7 mandados de prisão preventiva, 1 mandado de prisão temporária e 13 mandados de busca e apreensão, em Cuiabá, Sinop (ambas no Mato Grosso), Macapá, no Amapá, Parauapebas, Redenção (ambas no Pará) e São Luís, no Maranhão.

Segundo a Polícia Federal, o modo de agir do grupo criminoso consistia no recrutamento de servidores públicos vinculados ao Sistema Nacional de Emprego (SINE), com promessa e pagamento de propinas, para que esses agentes públicos inserissem informações falsas no sistema do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) ou emprestassem suas senhas para que outras pessoas o fizessem.

A partir daí, parcelas indevidas do seguro-desemprego eram pagas a “laranjas”, que repassavam parte do valor recebido indevidamente aos orquestradores do esquema criminoso.