Confessou

“Batismo de facção” motivou homicídio na Vila Mutirão, segundo PC

Um jovem que fez 18 anos há poucos meses foi preso em flagrante nesta quarta-feira…

O jovem conversava com outra pessoa na rua quando um homem de bicicleta efetua disparos contra ele
O jovem conversava com outra pessoa na rua quando um homem de bicicleta efetua disparos contra ele (Foto: Reprodução)

Um jovem que fez 18 anos há poucos meses foi preso em flagrante nesta quarta-feira (16) horas depois de assassinar a tiros Diego Silva Nascimento, de 31 anos. De acordo com a Polícia Civil (PC), Carlos Vinícius Lima da Silva sequer conhecia a vítima, que vendia drogas na Vila Mutirão. Para a polícia, o suspeito cometeu o crime para ser “batizado” em uma facção criminosa paulista, mas que também atua em Goiás.

Câmeras de segurança mostraram quando um jovem que pedalava uma bicicleta pára na calçada na Avenida do Povo e, a pé, segue até uma rua, onde dois homens comercializavam drogas na madrugada de quarta-feira. Sem dizer qualquer palavra, ciclista, posteriormente identificado como Carlos Vinícius, chega pelas costas de Diego Silva e efetua um disparo à queima roupa. Depois de cair, a vítima ainda foi baleada pelo menos mais duas vezes. O homem morreu na hora.

Após troca de informações com equipes da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), militares do 13º BPM localizaram e prenderam, na tarde de ontem, também na Vila Mutirão, Carlos Vinícius. Em depoimento, o jovem confessou o crime, e alegou que matou a vítima porque estaria sendo ameaçado de morte por ele.

“Essa versão é totalmente fantasiosa, o Diego vendia drogas naquela região e ainda não sabemos se ele teria dívida com alguma facção, mas o fato é que o Carlos Vinícius nem conhecia ele e o matou apenas como prova de batismo”, relatou a delegada Marcela Orçai, adjunta da DIH.

Carlos Vinícius, que quando menor foi autuado inúmeras vezes por crimes diversos, segundo Orçai, responderá preso por homicídio qualificado, crime que tem pena de reclusão prevista de 12 até 30 anos. A DIH trabalha agora no sentido de descobrir quem teria encomendado a execução.

(Foto: divulgação/PC)