SÍNDROME RARA

Bebê de Anápolis que reagiu mal a medicamento segue em estado grave

Helena Cristina a bebê de Anápolis que teve a reação alérgica, encontra-se na UTI da unidade "com o estado geral grave e respirando com a aj

Helena, a bebê de Anápolis que teve a reação alérgica, está na UTI "com o estado geral grave e respirando com a ajuda de aparelhos" (Foto: Reprodução)

Continua em estado grave a bebê de Anápolis de um ano e um mês que ficou desfigurada após forte reação alérgica a um medicamento usado no tratamento de epilepsia. Segundo informações do Hugol, onde está internada, a pequena Helena Cristina encontra-se na UTI da unidade “com o estado geral grave e respirando com a ajuda de aparelhos”.

Helena havia sido internada na UTI do Hospital de Queimaduras de Anápolis no último sábado (11), sendo transferida para a UTI do Hugol na noite da última quarta-feira (16). De acordo com o pai da bebê, Hugo Motta, ela foi submetida à fisioterapia e já passou pela avaliação de um médico cirurgião plástico. Uma raspagem está programada para amanhã.

Os pais da pequena haviam decidido levá-la à UPA pediátrica para avaliação após a filha começar a apresentar manchas na pela (brotoejas). Lá, ela foi diagnosticada com rosácea, doença caracterizada pela inflamação da pele do rosto. O médico receitou o medicamento amoxilina, mas com o passar dos dias, manchas grandes apareceram em Helena. O médico receitou um novo tratamento, mas as manchas continuaram e evoluíram para bolhas e queimaduras de terceira grau.

A pequena acabou tendo mais de 70% do corpo queimado, sendo necessária a intubação na UTI.

Bebê de Anápolis foi diagnosticada com síndrome rara

Ao Mais Goiás, Motta afirmou que após o diagnóstico de rosácea, os médicos concluíram que Helena havia sido acometida com uma forte reação ao medicamento Lamotrigina, usado no trato de epilepsia.

De acordo com Motta, três médicos concluíram se tratar da Síndrome de Stevens-Johnson, doença rara e grave que provoca o surgimento de lesões avermelhadas em todo o corpo e outras alterações, como dificuldade em respirar e febre.

Conforme a médica dermatologista Aleksana Viana, essa síndrome surge geralmente devido a uma reação alérgica a algum medicamento, “especialmente à Penicilina ou outros antibióticos e, por isso, os sintomas podem surgir até 3 dias após ingerir o medicamento”.

“A síndrome de Stevens-Johnson tem cura, mas seu tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível com internamento no hospital para evitar complicações graves”, escreveu a profissional no site Tua Saúde.