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Caiado cobra transparência na venda da Enel no Estado: “queremos fora de Goiás”

O governador Ronaldo Caiado (UB) usou as redes sociais, nesta sexta-feira (10), para cobrar transparência…

Secretário diz que venda da concessão da Enel deve se concluir em dois meses
Enel (Foto: Divulgação - Enel Goiás)

O governador Ronaldo Caiado (UB) usou as redes sociais, nesta sexta-feira (10), para cobrar transparência no processo de venda da distribuidora de energia da Enel em Goiás.

“A Enel parece que ainda não entendeu que em Goiás acabou a época dos negócios por debaixo dos panos. Não vamos admitir que a empresa discuta a venda da sua concessão como distribuidora de energia elétrica no Estado sem dar a devida transparência a todo o processo”, cobrou o governador.

A manifestação de Caiado se deu pois, nesta quinta (9), o presidente da Enel em Goiás, José Nunes, disse, em uma audiência pública em Brasília, que ainda não há um acordo sobre a venda da companhia.

Nunes alegou necessidade de sigilo sobre o processo. Segundo ele, a empresa está seguindo a orientação de advogados e que, por conta da assinatura de um termo de confidencialidade, não poderia antecipar tais informações.

Caiado, em suas declarações na internet, enfatizou que a Enel não cumpriu o compromisso de melhorar o serviço de fornecimento de energia elétrica e, por isso, quer a empresa “fora de Goiás”.

“A Enel caminha para descumprir pelo segundo ano consecutivo as metas de melhoria dos serviços da Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica] e isto pode lhe custar a perda da concessão. O melhor caminho é que ela desista de tentar lucrar com a operação de venda e transfira o controle. Queremos a Enel fora de Goiás”, afirmou o governador.

O governador ainda responsabilizou a companhia italiana pelo entrave ao desenvolvimento do Estado. “É por culpa da negligência da Enel que a economia goiana não cresceu ainda mais nos últimos anos. O setor produtivo tem sido penalizado pela falta de investimentos da empresa. Não vamos admitir que a Enel saia de Goiás de fininho, sem sofrer as consequências pela falta de compromisso com nossa gente”.