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Caiado: “Não há sentido termos um decreto que não será seguido”

O governador Ronaldo Caiado desistiu de publicar um novo decreto com medidas mais duras de…

Caiado não acredita em agilidade na aprovação do “Plano Mansueto”
Maior parte da população aprova governador Ronaldo Caiado durante pandemia. | Foto: Reprodução/Facebook

O governador Ronaldo Caiado desistiu de publicar um novo decreto com medidas mais duras de isolamento social em Goiás. O motivo: o governador considera que não há apoio popular suficiente à iniciativa. Foi o que ele disse em entrevistas a emissoras de rádio e TV nesta quinta-feira. 

“Não vou decretar nada que não esteja em sintonia com a sociedade e com as lideranças de nosso Estado. Se não tivermos remando no mesmo sentido, não teremos sucesso no enfrentamento ao coronavírus. Essa decisão é solidária, precisa ser da comunidade, das lideranças, de todos, porque sabemos que, sem conscientização, ela não será cumprida”, diz Caiado.

O governador afirma que não tomará quaisquer decisões sem que tenha a impressão de que a maioria do Estado apoia o endurecimento da quarentena. 

“As consequências virão, sejam desemprego ou mortes, mas a responsabilidade também terá que ser assumida por todos. Não vou aceitar a tese de Pôncio Pilatos. Como governador, vou vocalizar o que a maioria estiver disposta a colocar em prática, mas vou continuar lutando pela vida”, 

O decreto que não veio

O novo decreto já estava pronto para ser publicado. Interferiria na rotina de 32 cidades goianas, das quais 24 são as que concentram os maiores números de casos confirmados de covid-19 e oito municípios turísticos. O decreto, a princípio, valeria por 12 dias (até 29 de maio). Depois deste dia, seria dada ao comércio a autorização para reabrir gradualmente. 

“É preciso solidariedade. No entorno, por exemplo, as pessoas contaminadas não poderão ser mais atendidas no DF, conforme determinação do governo distrital. Dizem que temos leitos sobrando, mas as pessoas se esquecem que há estrutura apenas em Goiânia; pessoas de outras cidades têm que vir para cá de ambulância”, diz Caiado. “Isso é desumano”.