Crime brutal

Casal é preso por matar e violentar filho de 2 anos no Setor Real Conquista, diz polícia

A vendedora de produtos de beleza Bruna Lucinda Batista Ferreira, de 28 anos, e o…

A vendedora de produtos de beleza Bruna Lucinda Batista Ferreira, de 28 anos, e o marido dela, o desempregado Gedeon Santos Alves dos Santos, de 24 anos, foram presos suspeitos de terem assassinado, em Goiânia, Bruno Diogo Dias Ferreira, de apenas dois anos. Em depoimento, Gedeon, segundo a polícia, confessou, além do assassinato, ter estuprado o enteado.

Foi após receber o laudo do Instituto Médico Legal, que mostrava que Bruno Diogo tinha hematomas por todo o corpo, inclusive no ânus e no pênis, que agentes da Delegacia de Investigações de Homicídios (DIH), passaram a investigar o casal, que na manhã do último dia 3 de novembro, levaram a criança, já morta, para uma unidade pública de saúde do Setor Real Conquista. Na ocasião, Bruna e Gedeon afirmaram que o garoto teria morrido após passar mal em casa.

Em ocorrência registrada na tarde do mesmo dia, Bruna alegou que na semana anterior havia sofrido um acidente junto com o filho, mas durante as investigações, a equipe do delegado Danillo Proto, adjunto da DIH, descobriu que ela de fato se envolveu em uma colisão no trânsito, um mês antes, mas estava sozinha. Assim que a Justiça decretou a Prisão Temporária do casal, os agentes da DIH prenderam Bruna no Condomínio Rio Branco, e o marido dela em uma invasão no Setor Vilage Santa Rita, também na Capital. Existe a suspeita de que eles estariam se preparando para fugir de Goiânia.

Laudo do IML

Segundo a Polícia Civil, o laudo cadavérico realizado pelo Instituto Médico Legal (IML) comprovou que o garoto havia sido espancado. De acordo com a polícia, praticamente não havia uma parte do corpo da criança que não tivesse algum tipo de lesão, no crânio havia um grande orifício decorrente de pancada, dentes quebrados, lesão no ânus, no pênis e em seus órgãos. Inclusive, de acordo com o laudo, foi constatado que o pâncreas do menino foi partido ao meio em decorrência de tamanha violência, além disso também sofreu estupro.

Sem demonstrar arrependimento, segundo o delegado, Gedeon confirmou o assassinato, e disse ainda que já havia agredido e estuprado o enteado em outras oportunidades. Bruna afirmou que não sabia das atitudes do marido, mas Danillo Proto afirmou ter indícios de que ela sempre acobertou o companheiro, e no dia seguinte ao crime ainda deu entrevista para uma emissora de televisão tentando inocentá-lo. O casal será apresentado à imprensa na manhã desta segunda-feira (20), na sede da DIH, em Goiânia.

 

Violência

 

Bruno, de 2 anos, morto pelos pais (Foto: Reprodução)

(Foto: Reprodução)

Ao Mais Goiás, uma vizinha da vítima e dos suspeitos, que moram no bairro Real Conquista, revelou que o destino da criança começou a ser selado há certa de três a quatro meses, período em que o namorado da mãe do menino passou a morar com eles. “A partir do momento em que ela começou a relação com esse rapaz, a criança começou a aparecer com olho roxo, cicatrizes, marca de enforcamento”, disse.

Segundo a vizinha, a mãe e o padrasto do garoto costumavam dar desculpas diversas os ferimentos. O último caso mais sério aconteceu no mês passado, quando o menino teria tido todos os dentes quebrados. “Eles justificaram que ele caiu de moto, mas a gente não acredita porque ela escondeu a criança. Demoraram a levá-la ao médico, e por isso ela ficou com a boca muito infeccionada”, conta.

O menino foi levado a uma unidade de saúde, onde passou por cirurgia. Lá, o conselho tutelar foi comunicado sobre a possibilidade de violência contra a criança e a família passou a ser acompanhada.

Na tarde desta sexta (3), porém, a mãe levou o garoto à UPA, onde ele viria a morrer horas depois. Aos vizinhos e à polícia, a mulher teria dito que o óbito foi em decorrência da cirurgia, mas a versão não recebeu crédito entre os moradores da região. “Nós vimos ele depois da cirurgia. Ele estava normal, andando tranquilo”, diz a vizinha.

De acordo com ela, foi no período entre a cirurgia e a morte da criança que foi verificada a marca de enforcamento no pescoço do menino. “Nós vimos aquilo e ficamos em choque. Mas o conselho já estava acompanhando, então não pudemos fazer nada”, ressaltou.

Tristeza e apatia

 

A vizinha aponta que a mãe da criança, que teria aproximadamente 30 anos, costumava deixar o filho aos cuidados de amigas residente na região para trabalhar como vendedora de produtos de beleza. Tudo mudou quando o namorado se mudou para a casa dela e a criança começou a mostrar sinais de tristeza e apatia.

Conforme a mulher, o namorado da mãe do menino é muito mais novo que ela. “É um rapaz bem mais jovem, simpático. Nós notamos que ela estava ‘boba’ com o homem que arrumou, e talvez por isso tenha permitido que isso acontecesse”, destacou.

Apesar disso, o homem, afirma a vizinha, seria usuário de drogas. A mulher também teria histórico com abuso de álcool. “Mas nós não sabemos se ultimamente ela estava consumindo.”

A morte da criança gerou revolta entre os vizinhos e a residência da mãe teria sido depredada e saqueada. Por esse motivo, ela não voltou para casa após prestar depoimento. “Os moradores não aceitam ela por aqui”, frisa a vizinha.

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