INVESTIGAÇÃO

Caso de empresário empurrado de piscina é tratado como tentativa de homicídio

A Polícia Civil continua investigando o crime contra o empresário Luiz Henrique Cavalcanti Romano, de…

PC indicia por suspeito de empurrar empresário de piscina por tentativa de homicídio
PC indicia por suspeito de empurrar empresário de piscina por tentativa de homicídio

A Polícia Civil continua investigando o crime contra o empresário Luiz Henrique Cavalcanti Romano, de 22 anos, empurrado de uma piscina a 6 metros de altura, em Caldas Novas. O caso ocorreu na madrugada de quinta-feira (24) e é tratado como tentativa de homicídio. O suspeito do crime já responde por suposto envolvimento na morte do agropecuarista Luiz Darlan Alkimin de Oliveira, 57, em 2017. Sérgio Reis de Oliveira Júnior nega as acusações.

Em nota, a PC informou que o Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Caldas Novas já realizou inúmeras oitivas e exames periciais referentes ao caso. Detalhes sobre as apurações, porém, só serão repassados após a conclusão do inquérito.

Relembre

Na véspera de natal, a vítima foi a uma festa em um sobrado, quando houve um desentendimento com demais pessoas do local.  Imagens de câmeras de segurança mostram que uma briga teve início e algumas pessoas caíram na piscina. Luiz, que estava acompanhado por dois outros amigos, é agredido e um dos homens ainda lhe aplica um golpe conhecido como “mata-leão”.

Depois disso, o empresário consegue se desvencilhar, tentando sair da piscina. Nesse momento, o suspeito Sérgio Júnior, de 24 anos, empurra o jovem de uma altura de seis metros.

O advogado da vítima, Murilo Falone acredita que o crime pode ter sido causado por ciúmes. “Luiz é bem apresentado. É bonito. Acredito que os envolvidos ficaram com ciúmes de Luiz no evento e fizeram o que fizeram. Meu cliente nunca o viu na vida. Não tinha qualquer motivo para essa confusão”, relatou.

A reportagem tenta contato com o profissional para saber mais informações acerca do estado de saúde de Luiz Henrique e aguarda retorno.

Investigado por outro homicídio

Na terça-feira (29), o Mais Goiás noticiou que o suspeito de empurrar o empresário na piscina é investigado em Goiânia pela morte do agropecuarista Luiz Darlan Alkimin, de 52 anos. Conforme expõe a corporação, as investigações do mencionado caso ainda estão em andamento, em caráter sigiloso, na Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH) da capital.

Informações da época do crime são de que o agropecuarista foi baleado no momento em que chegava em casa, uma chácara no Setor Orlando de Morais. Ele foi atingido por dois disparos. A caminhonete da vítima, uma Toyota Hilux, foi levada e abandonada na saída de Nova Veneza. Luiz Darlan ocupou a chefia da secretaria de Infraestrutura de Goiás no governo de Alcides Rodrigues (PP) e foi diretor da Goiás Fomento e da Agência Goiana de Habitação (Agehab).

Em nota (confira íntegra abaixo), a defesa de Sérgio Júnior disse que o suspeito prestou esclarecimentos à autoridade policial e se mantém à disposição da Justiça. Segundo o texto, as atenções estão voltadas à “plena e imediata recuperação de Luiz Henrique”.

Nota da defesa de Sérgio Júnior:

1. Que nesse momento de dor e apreensão, a atenção de Sérgio Reis
de Oliveira Júnior, de seus familiares e amigos está totalmente
direcionada à plena e imediata recuperação de Luiz Henrique
Romano, a quem se solidariza e se colocou à disposição, por seus
advogados, para prestar todo e qualquer auxílio necessário,
inclusive material, a fim de que Luiz possa estar junto a seus
familiares, em saúde e conforto;

2. Sobre os fatos ocorridos, Sérgio Reis de Oliveira Júnior
compareceu à Delegacia de Polícia em Caldas Novas, ocasião em
que prestou os esclarecimentos à autoridade policial,
mantendo-se, até o momento, à disposição da justiça, e em
posição de respeito e observância à garantia da ordem pública,
à garantia de eventual instrução criminal e, ainda, de eventual
aplicação da lei penal;

3. Ao final, informa que notificará a Ordem dos Advogados do
Brasil – Seção Goiás, a fim de que apure suposta infração éticodisciplinar (art. 34, incisos XIII, XV e XXV da Lei n. 8.906/94) praticada pelo advogado Murilo Falone Rocha, OAB/GO 49.308,
a quem não compete, no curso de inquérito policial, requerer
prisão preventiva ou temporária de quem quer que seja, ato
privativo da autoridade policial ou do ministério público, ou
manifestar-se sobre fato pendente de apuração.

GILLES GOMES (OAB/GO 46.102), ALLAN HAHMEMANN FERREIRA
(OAB/GO 24.288) e MARIA LAURA PORTELA (OAB/GO 52.105)